domingo, 18 de outubro de 2009

O povo mais rico do planeta


By Alexandre Garcia:

Um amigo acaba de me mandar o resultado de uma comparação entre nós e os americanos.Uma discussão em que um ianque prova, pela ciência exata da Matemática,que os brasileiros são mais ricos do que os americanos.

Ele começa argumentando que pagamos o dobro que os americanos pela água consumida.Embora tenhamos mais água doce.Depois, demonstra que nós pagamos 60% a mais nas tarifas de telefone e eletricidade.Além disso, os brasileiros pagam o dobro pela porcaria de gasolina consumida por seus carros.Por falar em carro, argumenta o americano, nós pagamos US$40 mil por um carro que nos Estados Unidos custa 20 mil, porque damos de presente US$20 mil para o nossogoverno gastar não se sabe onde, já que os serviços públicos no Brasil são um lixo perto dos serviçosprestados pelo setor público nos Estados Unidos.

O morador da Flórida mostra que, como lá são pobres, o governo estadual cobra apenas 2% de imposto sobre valor agregado (equivalente ao ICMS), e mais 4% federal,num total de 6%.No Brasil, somos ricos, porque concordamos em pagar 18% de ICMS, alega o americano.O americano diz não entender como somos tão ricos a ponto de não nos importarmos em pagar,além disso, PIS, Cofins, CPMF, ISS, INSS, IPTU, IPVA,IR, e dezenas de impostos, taxas e contribuições, em geral com efeito cascata, de imposto sobre imposto, e ainda fazemos festanos estádios e nas grandes passarelas de carnaval.Sinal de que nem nos incomodamos com esse confisco de mais de três em cada dez dias de nosso trabalho.

O americano lembra que em relação ao Brasil eles são pobres, tanto que são isentos do imposto de renda se ganham menos de US$ 3 mil por mês (equivalente a R$ 7.500,00 mensais).No Brasil, diz ele, os assalariados devem viver muito bem, porque pagam muito imposto de renda, desde salários em torno de mil reais e, além disso, com o desconto na fonte,ainda antecipam imposto para o governo, sem saber se vão ter renda ao fim do ano.Essa certeza nos bons resultados futuros torna o Brasil um país insuperável,conclui o ianque.

Voltando aos serviços públicos, os brasileiros são tão ricos que pagam sua própria segurança; nos Estados Unidos, os pobres cidadãos dependem da segurança pública.No Brasil, os pais pagam a escola e os livros dos seus filhos, porque,afinal, devem nadar em dinheiro.Nos Estados Unidos, os pais americanos não têm toda essa fortuna e mandam seus filhos para as escolas públicas, onde os livros são emprestados aos alunos.Os ricaços brasileiros, quando tomam no banco um empréstimo pessoal, pagam por mês o que os pobres americanos pagam de juro por ano.Eu contei ao americano que acabei de pagar R$ 2.500,00 pelo seguro de meu carro e ele confirmou sua tese: Vocês são ricos. Nós não podemos pagar tudo isso. Por meu carrogrande, eu pago US$ 345 por ano. E acrescentou: e US$15 de licenciamento anual. Meu IPVA é de R$ 1.700,00.

O ianque pergunta: Afinal, quem é rico e quem é pobre?Aí no Brasil, 20% da população economicamente ativa não trabalha.Aqui, não podemos nos dar ao luxo de sustentar além dos 4% que estão desempregados.Não é mais rico quem sustenta mais gente que não trabalha?Estou sem argumentos para contestá-lo. Afinal, a moda nacional é a aparência.Cada vez mais vamos nos convencendo de que não é preciso ser, basta parecer.E, afinal, gastando muito, a gente aparenta ser rico.E somos infelizes sem saber.

Lembre-se disso na hora de votar!!!

"Crônica de Alexandre Garcia" (ou postado com o nome dele).

segunda-feira, 20 de julho de 2009

CARTA À SUBWAY


Bom dia!
Venho aqui expor minha insatisfação com a impessoalidade que sou tratado ultimamente nesta loja. Sempre que posso, dirijo-me a Subway (Shopping Tijuca-BRA-RJ) para comer os seus deliciosos sanduíches. Porém, ultimamente tenho saído muito insatisfeito com atendimento recebido.
Há uma funcionária, a qual não sei o nome (branca e magra) que é muito rápida na armação dos sanduíches, deve ter vindo de outra unidade, pois quando a vi pela primeira vez, ela já chegou ensinando aos outros o procedimento na armação.
O problema todo é que ela está tão presa a uma situação de PADRÃO que sua inflexibilidade se torna uma falta de educação. O sanduíche que mais como é o "Subway Melt", que divido sempre com a minha esposa. Como, eu não como quase nenhuma verdura ou legume, meu sanduíche fica praticamente carne, queijo e cebola. E o padrão da cebola para um sanduíche completo se torna irrisório para um sanduíche que só tem ele como complemento. Ao solicitar que pudesse colocar, mas um pouco de cebola (não era para encher o sanduíche) ela me responde secamente:
- Esse é o padrão senhor!! Cortando-me e não deixando espaço para qualquer contra-argumento. De uma frieza que beira a falta de educação.
Pensei comigo da primeira vez:
- Ela deve estar de mal humor hoje.
Mas, depois vi que o Mal humor dela faz parte do padrão.
E como é quase sempre ela que arma os sanduíches na parte da noite. A Subway passou de primeira opção de lanche para a última das minhas opções de fast-food. Acho que bom-senso não faz mal a ninguém, principalmente a empresas que tem como principal padrão o compromisso com o cliente satisfeito.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

A GRADE QUE NÃO FAVORECE O CURRÍCULO


Uma coisa que quase todas as pessoas quando estudam nos colégios perguntam é:
- Para que essa matéria que estudo vai me servir na minha vida?
Interrogação sabiamente levantada por jovens que se encontram na fase de questionamento sobre tudo na vida, mas como é dificilmente respondida, gera desinteresse e até abandono daqueles que não sofrem pressão dos pais ou de seu própria ambição para continuar.

O fato é que o mundo evoluiu, mas a grade curricular não. Torna-se sem sentido uma grade onde o aluno passa horas e horas estudando fórmulas de química e física que só farão algum sentido se os mesmos ingressarem em uma faculdade onde esses ensinamentos serão obrigatoriamente aplicados. Contudo, eles terão que voltar a aprender o conteúdo, pois como o ensino em sua maioria é dado de forma muito deficitária é forçoso que haja repetição do ensinamento dado na escola.

O resultado disso é que o ensinamento que outrora se justificava, hoje é inútil e desinteressante para a grande maioria dos estudantes do Ensino Médio do país. E com isso, a evasão escolar aumenta em níveis consideráveis, pois faz mais sentido ao jovem ingressar no mercado de trabalho a ficar horas aprendendo matérias surreais que não trarão nenhum benefício a eles, a não ser que estes decidam fazer uma faculdade de Medicina ou Química por exemplo.
No lugar de Matérias como estas já citadas seria de muito mais valia que contivesse na grade matérias de Cidadania, Macroeconomia e Informática. As duas primeiras para a formação de um cidadão mais esclarecido de seus deveres e direitos, bem como a um entendimento de como funciona o mundo que o cerca; e Informática ainda que só de forma teórica, os estudantes pudessem estar um pouco preparados ao mínimo de anseio das empresas em relação a uma mão-de-obra minimamente qualificada.

Cidadania seria dividida em: Direito Constitucional (do art. 01 ao 18, e outros voltados ao exercício da cidadania) no 1° ano; Direito do Consumidor no 2° ano; e Direito do Trabalho no 3° ano do Ensino Médio.

Macroeconomia seria dividida em: Balanço de Pagamentos no 1° ano; Contabilidade Nacional no 2° ano; Determinação da Taxa de Câmbio no 3° ano.
Essa matéria é a que pode parecer mais esdrúxula ao conhecimento geral do cidadão, mas o seu mínimo conhecimento é necessário para formarmos um cidadão mais consciente de todos os fatores que influenciam de forma direta no seu dia-a-dia. O mundo é comandado por aqueles que dominam a economia, formar um povo conhecedor dessa matéria é estar na vanguarda da evolução social.

Informática seria dividida em: Hardware no 1° ano; Linux no 2° ano (temos que formar novas gerações independentes do Windows); BR Office no 3° ano. O ensinamento dessa matéria na prática é o que mais benefícios diretos trará ao estudante (e que deverá diminuir consideravelmente a evasão) ,que com o domínio das ferramentas, estará mais preparado aos desafios do mercado de trabalho. Por isso, colocaria somente essa, das três, como matéria a ser cobrada no vestibular das universidades públicas.

A grade curricular do MEC parou no tempo, não é pratica e nem interessante; embora a instituição de cidadania já tinha sido obrigatória através da matéria Moral e Cívica, era esta uma matéria chata e sem aplicação no dia-a-dia do estudante. A imposição de matérias que não farão nenhum sentido aos estudantes continuará afastando-os da escola, pois ao contrário das crianças estes já não aceitam a imposição de inutilidades como coisas fundamentais ao seu futuro.

terça-feira, 2 de junho de 2009

UM TAL VICE QUER FERRAR COM A PARCERIA UNIMED-FLU



A RELAÇÃO ESTÁ ESTREMECIDA. E PARA PIORAR, UM TAL VICE DO CLUBE O QUAL EU NUNCA OUVI FALAR, METEU O PAU NA PARCERIA. DIZENDO QUE EM 10 ANOS SÓ CONQUISTAMOS 1 COPA DO BRASIL E 2 CARIOCAS, QUE O RESULTADO É PÍFIO, E QUE A UNIMED PASSOU DO 10° LUGAR PARA LIDERANÇA NOS PLANOS DE SAÚDE NO RIO DE JANEIRO.

MUITO BEM, SABE TUDO ESSE CARA, MAS ALGUÉM AÍ FALA PARA ELE QUE NOS DEZ ANOS ANTES DA PARCERIA ESSAS FORAM AS CONQUISTAS DO FLUMINENSE:
1 - CARIOCA

2 - REBAIXAMENTOS PARA SEGUNDA DIVISÃO

1 - REBAIXAMENTO PARA TERCEIRA DIVISÃO

OBS: SEM FALAR QUE TEMOS UM MONTANTE DE PATROCÍNIO(18 MILHÕES), DA MESMO MONTANTE DE PALMEIRAS, SÃO PAULO, CORINTHIANS, FLAMENGO. QUE POSSUEM TORCIDAS MUITO MAIORES QUE A NOSSA.

OBS2: A UNIMED DECICIU BANCAR A CONSTRUÇÃO DO CT NA ÁREA DA AERONÁUTICA... TÔ COMEÇANDO A ACHAR QUE ALEGRIA DE FIDALGO É QUE DURA POUCO!!!

A MINHA SUGESTÃO, SE ACABAR A PARCEIRIA É QUE A JONHSON & JONHSON NOS PATROCINE COM A MARCA - KY - JÁ QUE PROVAVELMENTE VAMOS TOMAR NO CU, SEM O DINHEIRO DA PARCERIA.
QUANDO ACHO QUE O FUNDO DO POÇO JÁ CHEGOU... VEM UM IMBECIL E PIORA AINDA MAIS.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

EPITÁFIO


MINHA AVÓ TEREZA, PRESENTE DE DEUS NA MINHA VIDA.
VOCÊ QUE GEROU MEU PAI TADEU.
QUE APESAR DE EU NÃO TER NASCIDO DE SUA SEMENTE,
FUI COLOCADO EM SUA VIDA, NA VIDA DE VOCÊS DOIS.
HOJE VOCÊ SE FOI PARA PERTO DE MEU AVÔ PEDRO,
COM SUA IDA O MUNDO FICA UM POUCO MENOS JUSTO E MENOS HUMANO
FIQUE COM DEUS, POIS SEI QUE ELE NUNCA TE ABANDONOU!!!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

O TEMPO PARA SER UMA CELEBRIDADE!!!


Esse mundo das celebridades é mesmo uma coisa muito engraçada!!!


Antigamente (há não muito tempo) para o cara ser famoso era só aparecer em uma temporada da Malhação ou similar, e pronto; flashes e mais flashes, festas e mais festas, a vida passava a ser uma celebração de qualquer coisa desde que pudesse ser publicada e vendida nas revistas do gênero.


Mas a globalização trás cada vez mais informação em tempo real, e uma temporada de exposição se tornou muito tempo para a transformação de um cidadão em celebridade.


Agora, basta você se relacionar com uma megaestrela para você desfrutar da atenção do povo sedento por futilidades. Com isso o tal Jesus teve a Luz de comer ou ser comido pela Madonna (não ele não casou ou se tornou um namorado dela!!!) e é o novo queridinho na mídia fútil do país.


Chegará o dia em que essa posição será ocupada por aquele que apenas abraçou alguém muito famoso!!!


É só esperar...

quarta-feira, 13 de maio de 2009

QUANDO O DINHEIRO É MAIS IMPORTANTE QUE A FELICIDADE


Desde o ano passado, alguns dos principais jogadores brasileiros do futebol mundial têm retornado a pátria mãe para o prosseguimento das suas carreiras. O primeiro deles foi Adriano, com passagem de volta já marcada para Milão-ITA, veio ao Brasil para recuperar seu bom futebol, encontrando na ótima estrutura do São Paulo um alento para que pudesse recuperar o encanto pelo esporte bretão, para só depois retornar a Europa.

Nesse ano, por motivos diferentes, Ronaldo e Fred retornaram ao Brasil. O primeiro para retomar a glória de ser Ronaldo, pois esse nome foi transformado em adjetivo por esse monstro do futebol mundial. O segundo para que pudesse ficar mais aos olhos de Dunga, já que no Lyon-FRA suas participações inconstantes praticamente tiraram de Fred o espaço conquistado antes da Copa de 2006. Ambos abriram mão de muito mais do que salários melhores na Europa, abriram mão de contratos expressivos de marketing (muito mais o Ronaldo) que na maioria das vezes superam e muito o rendimento que eles recebem dos clubes.

Nesse debandada dos nossos craques para a terra onde canta o sabiá, essa semana começou-se a cogitar a hipótese de que esse poderia ser o caminho também do Ronaldinho Gaúcho. Craque no passado, jogador de grupo no presente, cada vez mais contestado; reúne todos os itens (menos o de estar fora da seleção) para que pudesse ensaiar um retorno ao Brasil. Prontamente Flamengo e São Paulo apareceram como candidatos a repatriar o craque, mas tão prontamente quanto à demonstração do interesse, veio o balde de água fria. Seu irmão-procurador Assis veio à imprensa dizer que o futuro de Ronaldinho Gaúcho ainda é a Europa, mesmo que seja em um time de segundo escalação como os Citys da vida, onde o dinheiro substitui o planejamento.
A preocupação com o acumulo de riqueza é tão importante, que impede que seja visto, que esse passo para trás é o fôlego de que tanto ele precisaria para voltar a ser o Ronaldinho que todos amam. Vide o fenômeno que se continuar assim abreviará a sua passagem aqui para brilhar novamente na Europa para o mundo inteiro.

Para finalizar, não poderia deixar de falar do Romário que a despeito de tudo que já foi dito, voltou para o Brasil no auge, por que para si o importante é ser rico e feliz (na vida e na profissão) tudo ao mesmo tempo.

Esse sabe o que é ser ambicioso.

sábado, 9 de maio de 2009

DEVEMOS ADORAR IMAGENS E MANTER SANTUÁRIOS???


Seguem ALGUMAS DAS passagens da Bíblia Sagrada que podem elucidar dúvidas a respeito:

Levítico 26
1 Não fareis para vós ídolos, nem vos levantareis imagem de escultura, nem estátua, nem poreis pedra figurada na vossa terra, para inclinar-vos a ela; porque eu sou o SENHOR vosso Deus.

Salmos 115
1 Não a nós, SENHOR, não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da tua benignidade e da tua verdade.
2 Porque dirão os gentios: Onde está o seu Deus?
3 Mas o nosso Deus está nos céus; fez tudo o que lhe agradou.
4 Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos dos homens.
5 Têm boca, mas não falam; olhos têm, mas não vêem.
6 Têm ouvidos, mas não ouvem; narizes têm, mas não cheiram.
7 Têm mãos, mas não apalpam; pés têm, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta.
8 A eles se tornem semelhantes os que os fazem, assim como todos os que neles confiam.
9 Israel, confia no SENHOR; ele é o seu auxílio e o seu escudo.

Isaías 42
6 Eu, o SENHOR, te chamei em justiça, e te tomarei pela mão, e te guardarei, e te darei por aliança do povo, e para luz dos gentios.
7 Para abrir os olhos dos cegos, para tirar da prisão os presos, e do cárcere os que jazem em trevas.
8 Eu sou o SENHOR; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura.
9 Eis que as primeiras coisas já se cumpriram, e as novas eu vos anuncio, e, antes que venham à luz, vo-las faço ouvir.

Isaías 44
5 Este dirá: Eu sou do SENHOR; e aquele se chamará do nome de Jacó; e aquele outro escreverá com a sua mão ao SENHOR, e por sobrenome tomará o nome de Israel.
6 Assim diz o SENHOR, Rei de Israel, e seu Redentor, o SENHOR dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus.
7 E quem proclamará como eu, e anunciará isto, e o porá em ordem perante mim, desde que ordenei um povo eterno? E anuncie-lhes as coisas vindouras, e as que ainda hão de vir.
8 Não vos assombreis, nem temais; porventura desde então não vo-lo fiz ouvir, e não vo-lo anunciei? Porque vós sois as minhas testemunhas. Porventura há outro Deus fora de mim? Não, não há outra Rocha que eu conheça.
9 Todos os artífices de imagens de escultura são vaidade, e as suas coisas mais desejáveis são de nenhum préstimo; e suas próprias testemunhas, nada vêem nem entendem para que sejam envergonhados.
10 Quem forma um deus, e funde uma imagem de escultura, que é de nenhum préstimo?
11 Eis que todos os seus companheiros ficarão confundidos, pois os mesmos artífices não passam de homens; ajuntem-se todos, e levantem-se; assombrar-se-ão, e serão juntamente confundidos.
12 O ferreiro, com a tenaz, trabalha nas brasas, e o forma com martelos, e o lavra com a força do seu braço; ele tem fome e a sua força enfraquece, e não bebe água, e desfalece.
13 O carpinteiro estende a régua, desenha-o com uma linha, aplaina-o com a plaina, e traça-o com o compasso; e o faz à semelhança de um homem, segundo a forma de um homem, para ficar em casa.
14 Quando corta para si cedros, toma, também, o cipreste e o carvalho; assim escolhe dentre as árvores do bosque; planta um olmeiro, e a chuva o faz crescer.
15 Então serve ao homem para queimar; e toma deles, e se aquenta, e os acende, e coze o pão; também faz um deus, e se prostra diante dele; também fabrica uma imagem de escultura, e ajoelha-se diante dela.
16 Metade dele queima no fogo, com a outra metade prepara a carne para comer, assa-a e farta-se dela; também se aquenta, e diz: Ora já me aquentei, já vi o fogo.
17 Então do resto faz um deus, uma imagem de escultura; ajoelha-se diante dela, e se inclina, e roga-lhe, e diz: Livra-me, porquanto tu és o meu deus.
18 Nada sabem, nem entendem; porque tapou os olhos para que não vejam, e os seus corações para que não entendam.
19 E nenhum deles cai em si, e já não têm conhecimento nem entendimento para dizer: Metade queimei no fogo, e cozi pão sobre as suas brasas, assei sobre elas carne, e a comi; e faria eu do resto uma abominação? Ajoelhar-me-ei ao que saiu de uma árvore?

Isaías 46
5 A quem me assemelhareis, e com quem me igualareis, e me comparareis, para que sejamos semelhantes?
6 Gastam o ouro da bolsa, e pesam a prata nas balanças; assalariam o ourives, e ele faz um deus, e diante dele se prostram e se inclinam.
7 Sobre os ombros o tomam, o levam, e o põem no seu lugar; ali fica em pé, do seu lugar não se move; e, se alguém clama a ele, resposta nenhuma dá, nem livra alguém da sua tribulação.
8 Lembrai-vos disto, e considerai; trazei-o à memória, ó prevaricadores.
9 Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade; que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a mim.
10 Que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade.

Lucas 4
5 E o diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo todos os reinos do mundo.
6 E disse-lhe o diabo: Dar-te-ei a ti todo este poder e a sua glória; porque a mim me foi entregue, e dou-o a quem quero.
7 Portanto, se tu me adorares, tudo será teu.
8 E Jesus, respondendo, disse-lhe: Vai-te para trás de mim, Satanás; porque está escrito: Adorarás o SENHOR teu Deus, e só a ele servirás.

João 14
5 Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho?
6 Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.
7 Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

UM SEGUNDO


Um segundo. O tempo que leva o final de uma história. Uma vida inteira para escrevê-la e de repente... pum! Acabou. Sem choros, nem agonia. Rápido como um flash, porém, tudo se apaga.
O corpo caído e os olhos virados que não mais observam os curiosos ao seu redor. Uma bala por uma vida e uma longa história transforma-se em estatística.
Tudo isso, em apenas um segundo.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

A JUSTIÇA DA MELANCIA


Sempre fui reticente em relação à atuação do STJD ou do TJD nos casos que envolvem as ações de futebol dentro e fora das quatro linhas. Sempre vi nessas atuações mais uma ação de marketing, do que propriamente uma aplicação da justiça em si.

Digo isso, porque na justiça comum julga-se desde o ladrão de galinhas ao Daniel Dantas (todos são passíveis de serem julgados), porém, nunca li, nem ouvi falar sobre suspensão de jogadores que se envolveram em confusão em jogos da 3° divisão, ou similares sem notoriedade esportiva. Se o “Zé das Couves” enfia a porrada no “João Ninguém” no final de um jogo profissional qualquer, não haverá nenhum promotor cuidando da moralidade esportiva e denunciando-o por agressão com suspensão de até 360 dias... Antigamente o atual presidente do TJ-RJ, Des. Luiz Zveiter, quando presidente do STJD, ia logo após o fato ocorrido nos jogos da 1° divisão, praticamente denunciar e sentenciar o jogador infrator em plena televisão, em incursões feitas aos programas de mesa redondas dos canais esportivos, antes do julgamento ser feito, a defesa ser exposta, ou mesmo a denúncia ser formalizada. Era um absurdo tão grande que chegava a ser cômico.

Imagino esse tipo de situação na justiça comum... no meio do programa Balanço Geral (um programa policial carioca, apresentado pelo Wagner Montes) noticia-se um caso de um artista que foi filmado roubando uma loja, daí a produção liga para o juiz que julgará o caso e o apresentador pergunta:
- Boa noite Sr. Juiz “Aparecildo da Silva”, tudo bom com o senhor?
- Ótimo Wagner é um prazer em falar contigo...
- Sr. Juiz, queria saber do senhor em relação a esse caso do furto que foi filmado, qual será a providência do tribunal em relação a isso?
- Wagner, já solicitei as fitas da gravação e ele será indiciado nos artigos tal e tal, com pena de tanto tempo e provavelmente deverá ser aplicada a pena máxima, para que seja dada o exemplo, pois esse absurdo não pode ficar sem resposta.
- Desde já, agradeço as informações do Excelentíssimo Juiz “Aparecildo da Silva” por prestar os esclarecimentos e ficaremos aguardando o julgamento do artista.

Numa justiça séria, uma declaração dessas, colocaria o magistrado em suspeição ou impedimento, pois julgar, sem dar direito a defesa, e sem o oferecimento formal da denúncia, é antes de tudo uma afronta ao princípio da ampla defesa e ao contraditório, garantidos na Constituição de 88. Pode-se até falar que o ex-presidente do STJD ingressou na magistratura por meio do “quinto constitucional” em 1995 (1/5 dos cargos do tribunal são preenchidos por indicação para o cargo, e no caso de advogados, sem prestar concurso) e por isso talvez esses princípios da Lei Maior podem não estar tão sedimentados em sua cultura judicial, mesmo que seja necessário, pela CF, o indicado ter notório saber jurídico. Porém, essa parte do contraditório não deveria ser muito bem conhecida por ele.

Mudou a composição do TJD (o Zveiter foi retirado por ordem do CNJ – Conselho Nacional de Justiça) e alguns antigos magistrados saíram de cena. Agora a exposição da Justiça Melancia fica a cargo do Procurador-Geral André Valentim, que como um político, vive em declarações na mídia sobre os acontecimentos dentro dos campos. Menos mal, pois agora, dá-se a palavra a quem cabe a denúncia e não, a quem cabe o julgamento, enquanto isso, o pau come impunemente nos jogos não televisionados.

O absurdo agora é outro, o STJD trás para si problemas do campo em que o arbitro viu, analisou e arbitrou. Julgar uma possível suspensão do Juan (que na minha opinião deveria ser expulso)pelo chilique dele na jogada com Maiconsuel é rasgar a autoridade conferida ao árbitro (pelas leis da FIFA) que optou por uma advertência a uma expulsão.

As atitudes e procedimentos desse tribunal me levam a noção de que há na Justiça Desportiva brasileira apenas um mundo que fica sobre a tutela da justiça, o mundo que aparece nos canais de televisão, aberta ou fechada.

terça-feira, 28 de abril de 2009

PROFISSÃO MENDIGO


Hoje, ao sair de casa, resolvi, como cidadão, tomar uma providência em relação a uma situação desagradável que se perdura em frente ao meu prédio. São jovens mendigos, que fizeram do cruzamento entre duas das mais importantes ruas do meu bairro o seu ponto de labor, mas o que mais me incomodou foi o fato de haver hoje um colchão de casal na calçada onde eles descansam nos intervalos do trabalho de pedir. Pronto! Fizeram moradia ali em frente, em pouco tempo erguerão um barraco na calçada e uma nova vizinhança estará instaurada.

Peguei meu telefone e liguei para o 190 para solicitar uma patrulha ao local. A atendente me disse que não se tratava de crime e quis me passar o telefone da Prefeitura. Ora!!! Mendicância e vadiagem estão dispostos na Lei de Contravenções Penais (arts. 59, 60), com pena de prisão simples de 15 dias a 3 meses; e além disso, segurança pública se pratica com prevenção e repressão, destarte, penso que a retirada e encaminhamento para o Conselho Tutelar ou Prisão é tanto cargo da PM, quanto da Guarda Municipal. Mas, diante desse imbróglio, ficam tanto o Estado, quanto o Município desviando-se das responsabilidades de que lhe são devidas.

A rigor da atividade do Estado em relação aos excluídos é um tema melindroso, onde o menor descuido pode parecer que o interlocutor deseja uma limpeza social daquilo “que não presta a sociedade”. Há até uma frase do José Rainha Jr., que no Brasil: “aos ricos o favor da lei e aos pobres o rigor da lei”; frase certa e real. Mas não é por causa disso que o tema não possa ser debatido em todas as suas vertentes.

A ausência de políticas do Estado em relação a essa parcela marginalizada da sociedade trás cada dia mais um nivelamento por baixo da qualidade de vida de todos os cidadãos; pois quem não vive na miséria, vive no medo. Exponho então, minha visão sobre o ato de mendigar e seus reflexos na vida de todos nós.

A opção pela mendicância, o que para a cabeça de muitos pode parecer absurdo (inclusive para mim), para de alguns outros é uma opção bastante considerável. Lembro-me de um episódio em que o apresentador Augusto Liberato (o GUGU) travestiu-se de mendigo e foi para as ruas mendigar (o que esse povo não faz por audiência!!!). Algumas horas depois o início da empreitada e várias negativas dos transeuntes a seus pedidos, o apresentador (sensacionalismo a parte) chorava copiosamente por ser tratado como um nada pelas pessoas do local. Essa situação indigna é de fato chocante ao orgulho e ao conceito de decência do cidadão comum, mas o fato é que, há muito, existe nas grandes cidades “uma indústria da miséria” e que está se tornando uma espécie de patrimônio reverso hereditário, isto é, as mães indigentes fazem dos seus filhos fonte dos seus ganhos para o sustento deles próprios e assim transmite essa pseudo-vocação a seus dependentes, bem como gera novos miseráveis quando os filhos já atingem a idade de faturarem sozinhos. É inquestionável que o ato de mendigar deixou de ser uma falta de opção para seu uma opção para muitos que não desejam acordar às 5 horas e dormir às 21 horas em troca de um subemprego que lhe paga um salário mínimo, se muito.

Como em toda a profissão há os bem e os mal sucedidos, isso mesmo, é possível ser bem sucedido nessa atividade; não que ser bem sucedido seja enriquecer, mas tirar dela ganhos superiores a do cidadão comum. É claramente possível ganhos acima de R$ 1.000,00 mensais aos pedintes mais inteligentes/espertos. Mães e filhos colocam-se a porta de agências de Bancos e de Igrejas, e similares; locais onde a discrepância social machuca mais o cidadão comum, normalmente indiferente a situação dos excluídos. É a aplicação das táticas naturais de marketing em favor de quem vive da miséria, e quem pensa com a cabeça do cliente (ou provedor), sempre sai ganhando. O tempo passa e os filhos crescem: sendo mulheres a atividade continua (agora ela e seus filhos), sendo homem a atividade se interrompe, pois há um viés machista na visão da sociedade provedora que impede eles de obterem êxito no ato de mendigar. Homens saudáveis, na opinião do povo, não possuem justificativas para serem pedintes, e como eles nunca trabalharam e nem nunca estudaram, provavelmente trocarão as atividades da mendicância pela criminosa.

O pior de tudo, é que o ganho dessa atividade quase nunca resulta melhoria das famílias que praticam o exercício de pedir, envolvidos constantemente em vícios de álcool e drogas, o trabalho torna-se meio de sustentação para o consumo destas, já que traficantes e comerciantes não doam seus “produtos” aos que necessitam e pedem.

E assim gerações e mais gerações de marginalizados ficam sem a proteção do Estado: pedindo, roubando, matando e morrendo, enquanto os Poderes constituídos ficam preocupados com a repressão e alimentando indiretamente os futuros criminosos por falta de prevenção.

sábado, 25 de abril de 2009

OS REPRESENTANTES DO POVO


Nos jornais, na TV, e nas revistas não se fala em outra coisa a não ser as sucessões de escândalos protagonizados por Senadores e Deputados envolvidos em conluios e passagens aéreas. Com isso, faço a reflexão sobre o conceito do nosso tipo de democracia.

Somos um país republicano, onde a democracia é representativa, isto é, nossos deputados e senadores são nada mais, nada menos que representantes das diversas parcelas da sociedade brasileira. Há representantes dos trabalhadores honestos, dos desonestos; dos empresários responsáveis, dos irresponsáveis; dos cidadãos decentes, dos desocupados, etc. E assim como a sociedade, eles não saem a rua demonstrando o lado mais sujo e cruel de sua personalidade.

Quando falo em sociedade, excluo os bandidos e criminosos habituais, já que em sua maioria não cumprem, obviamente, com mais esse dever legal. Os representantes bandidos, somos nós que colocamos lá. Mas, de tudo, o pior é a parcela da sociedade que apesar de todo o estudo e instrução, faz questão de se manterem ignorantes e alienados aos assuntos do nosso país. A política interfere diariamente em nossas vidas, mesmo assim, a maioria prefere virar o rosto “com cara de nojo” quando se fala de política em qualquer lugar.

Mas que tipo de cidadão é você? Já parou para pensar nisso!!!

Você trata o patrimônio público como se fosse de todos ou como se fosse dos outros?

Se você fosse multado por um guarda, você tentaria suborná-lo para trocar o gasto da multa pelo o da propina?

Você se preocupa com a arrecadação do Estado quando adquire mercadorias e serviços, e, por isso, exige a emissão de nota fiscal?

Você se lembra o porquê do seu voto nas últimas eleições? ou melhor, você se lembra em quem votou nas últimas eleições?

Na verdade eu penso, que nosso Poder Legislativo é um retrato da nossa sociedade; pode não ser o retrato mais bonito, mas é o mais fiel. Talvez, quando tivermos um povo com mais consciência de suas responsabilidades e funções, nossos representantes agirão conforme ao novo consenso social.

Enfim, que tipo de representante é o seu espelho no Congresso???

quinta-feira, 23 de abril de 2009

PRATOS LIMPOS, CONDIÇÕES E CAPANGAS... QUEM TEM RAZÃO NESSA DISCUSÃO???!!!


O STF julgava a partir de quando passaria a valer a decisão que tirou os funcionários de cartórios no Paraná do regime de previdência do estado. A discussão começou quando, irritado, o ministro Joaquim Barbosa disse que a questão não tinha sido debatida suficientemente.


Barbosa: “Eu acho que o segundo caso prova muito bem a justeza da sua tese. Mas a sua tese, ela deveria ter sido exposta em pratos limpos. Nós deveríamos estar discutindo”.

Mendes: “Ela foi exposta em pratos limpos. Eu não sonego informação. Vossa Excelência me respeite. Foi apontada em pratos limpos”.

Barbosa: “Não se discutiu a lei”.

Mendes: “Se discutiu claramente”. Barbosa: “Não se discutiu”.

Mendes: “Se discutiu claramente e eu trouxe razão. Vossa Excelência... talvez Vossa Excelência esteja faltando às sessões”.

Barbosa: “Eu não estou...”.

Mendes: “Tanto é que Vossa Excelência não tinha votado. Vossa Excelência faltou à sessão”.

Barbosa: “Eu estava de licença, ministro”.

Mendes: “Vossa excelência falta à sessão e depois vem...”.

Barbosa: “Eu estava de licença. Vossa Excelência não leu aí. Eu estava de licença do Tribunal”.


Outros ministros passaram a debater a ação. Mas poucos minutos depois a discussão áspera entre os dois recomeçou.


Mendes: “Se Vossa Excelência julga por classe, esse é um argumento...”.

Barbosa: “Eu sou atento às consequências da minha decisão, das minhas decisões. Só isso”.

Mendes: “Vossa Excelência não tem condições de dar lição a ninguém”.

Barbosa: “E nem Vossa Excelência. Vossa Excelência me respeite, Vossa Excelência não tem condição alguma. Vossa Excelência está destruindo a Justiça desse país, e vem agora dar lição de moral em mim? Saia à rua, ministro Gilmar. Saia à rua, faz o que eu faço”.

Carlos Ayres Britto: “Ministro Joaquim, nós já superamos essa discussão com o meu pedido de vista”.

Barbosa: “Vossa Excelência não nenhuma condição”. Mendes: “Eu estou na rua, ministro Joaquim”.

Barbosa: “Vossa Excelência não está na rua não, Vossa Excelência está na mídia, destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro. É isso”.

Britto: “Ministro Joaquim, vamos ponderar”.

Barbosa: “Vossa Excelência quando se dirige a mim não está falando com os seus capangas do Mato Grosso, ministro Gilmar. Respeite”.

Mendes: “Ministro Joaquim, Vossa Excelência me respeite”.

Marco Aurélio Mello: “Presidente, vamos encerrar a sessão?”.

Barbosa: “Digo a mesma coisa”.

Marco Aurélio: “Eu creio que a discussão está descambando para um campo que não se coaduna com a liturgia do Supremo”.


FONTE:

segunda-feira, 13 de abril de 2009

UMA ABORDAGEM TEOLÓGICA-CIENTÍFICA SOBRE O ABORTO - PARTE 1

UMA ABORDAGEM TEOLÓGICA-CIENTÍFICA SOBRE O ABORTO - PARTE 2

LEGALIZAÇÃO DAS DROGAS - UTOPIA MISTURADO COM MIOPIA


Vira e mexe, seja lendo um jornal ou numa roda de amigos, quando o assunto é a violência ligada ao tráfico de drogas, logo aparece a opção da legalização das drogas, como ponto cabal para diminuição da violência. – Legalizando as drogas, o poder de venda seria tirada das mãos do tráfico e passaria para mãos de empresas, e ainda o Estado ganharia com os impostos. Dizem os que vêem pelo lado econômico. – Com a liberação das drogas, o uso vai diminuir o fascínio dos jovens e o uso vai ser menos atrativo. Dizem os que vêem pelo lado social-psicológico do assunto.Bem, após ler mais sobre o assunto, fixei ainda mais minha opinião, e como demonstrei previamente no tema, solução com liberação é UTOPIA. É didático que eu me refira a alguns preceitos da Lei Maior que rege a nossa sociedade nesse país.Entre outros princípios Constitucionais, um princípio que rege o Sistema Tributário Nacional, o principio da seletividade do Imposto sobre Produtos Industrializados, como rege o art.153,§3°,II, que o IPI será obrigatoriamente seletivo, o que isso significa, que o imposto cobrado sobre cerveja, cachaça, cigarro, maquiagem e outro tem que ser mais pesados do que o impostos cobrados sobre produtos essenciais como arroz, farinha, feijão e outros, e a normalidade do processo é para assegurar uma sociedade com menos vícios, o governo cobra impostos com alíquotas chamadas proibitivas, para desestimular o uso, um exemplo clássico é o do cigarro que chega a pagar alíquotas de mais de 300% sobre o custo,de modo a inibir o uso.
Voltando ao tema, fico imaginando, qual seria a alíquota para comercialização da maconha? E da cocaína que o uso exagerado pode levar a pessoa a morte uma única utilização? Se é pra proteger a sociedade de substâncias viciantes, a alíquota estaria então com algum número na casa dos quatro dígitos. Isso sem falar de outras drogas...Agora sim, a aplicação prática. Uma possível liberação, os entorpecentes seriam produzidos em fabricas legalizadas, com pontos de vendas autorizados (em shoppings, bares, farmácias e restaurantes...) o Estado arrecadaria bastante, os ricos utilizariam drogas sem maiores problemas, pois poderiam sustentar o vício de pagar por uma carreira de cocaína talvez R$80,00, R$90,00 (não se esqueçam dos impostos), andariam com suas notas fiscais e receitas médicas autorizando o transporte e o uso. Seria lindo, o fim da “duras policiais” o uso liberado, tudo lindo, se não fosse o provável aumento vertiginoso do consumo, e pelo fato de que a classe média e a classe baixa continuariam a ser os maiores compradores de drogas dos traficantes. O uso de entorpecentes tributável, tornaria o uso impraticável para 90% dos usuários, e quem iria fornecer para esse nicho consumidor carente, os traficantes de drogas é lógico; mas agora com outro enfoque, nada de policia subindo o morro com Caveirão, nem tiroteio a qualquer hora do dia. A responsabilidade agora seria da Receita Federal e não mais das polícias, afinal que seria o crime por vendas drogas? Somente o da sonegação, sendo competência da Receita dos entes, fiscalizar o comercio e fechar os estabelecimentos irregulares. Imagina, se nem a polícia com armamento militar consegue fechar esses estabelecimentos, imagino uma operação da Receita para fazê-lo. Seria até cômico, se não fosse trágico.Em relação ao lado sócio-psicológico da questão, eu me pergunto, existem mais jovens usuários de bebidas alcoólicas ou de cocaína? de cigarro ou de maconha? Acho que não há discordância que há muito mais usuários de drogas lícitas do que ilícitas.
O fato de ser ilícito, inibe e constrange a maioria das pessoas e é pensando na maioria que sempre são feitas os regulamentos para a sociedade, a legalização é um retrocesso a política vital do Estado de promover uma sociedade mais justa e sadia e o combate as drogas é uma guerra sem fim, como se fosse entre o bem e o mal (sendo simplista), mas o posicionamento das pessoas nessa guerra deve ser sempre, pela vitória de um bem maior e não de uma omissão maior.
A legalização diminuirá constrangimentos, aumentará o consumo e atará as mãos do Estado, não vejo beleza em ser vanguarda rumo a uma direção para um caminho que leve a destruição da sociedade, sociedade que se posicionou de forma inteligente para inibição da propaganda do uso do cigarro, que sabe um dia para a mesma visão em relação a bebida alcoólica, não pode retroceder liberando o uso de entorpecentes ilegais, a liberação seria uma vitória para os traficantes e talvez para alguns usuários e comerciantes mas seria de fato uma derrota, sem precedentes para toda sociedade.

sábado, 11 de abril de 2009

O FIM DO DRAMA DE ADRIANO


Adriano resolveu parar de jogar futebol!!! Que bom para ele; se assim, ele acha que será mais feliz, que assim seja.

Ele é um exemplo de profissional de sucesso, isso, num mundo onde menos de 2% dos profissionais da bola alcançam o estrelato e com isso a riqueza. Ele é rico e independente o suficiente para tomar essa decisão, tomar a decisão de ser feliz, mesmo que com isso, tenha que parar de encantar-nos com seu futebol vigoroso e imponente. Quantos executivos já largaram sua vida profissional em plena ascensão e decidiram mudar radicalmente as suas vidas? E mesmo com todo estresse da vida executiva, eles nunca tiveram de ser fotografados e vigiados em todos os passos de seu cotidiano.

Essa decisão, antes de tudo, é uma decisão de coragem. Felicidade não é uma receita de bolo, cada um tem sua plena noção do que é ser feliz, e talvez para ele, ser feliz é andar descalço com seus amigos de infância da Vila Cruzeiro, sem flashes, nem reportagens de imbecis que se disfarçam de jornalistas (só de pensar em andar novamente descalço com os amigos de infância, já fico com uma inveja dele!!!). O melhor de tudo, é que ele é rico e bem sucedido o suficiente para que possa se dar a esse luxo.

Vejo muita mágoa e inveja travestida de opiniões, seja da imprensa, seja dos torcedores. Quantas vezes já debati com professores na faculdade que expunham suas revoltas com os ganhos dos jogadores de futebol. Essa inveja em relação aos jogadores, está arraigada em todos os níveis da sociedade, na relação entre falta de educação formal e ganhos com exercício da sua profissão. Inveja pura de quem é insatisfeito com o sucesso da sua vida profissional, e com isso, prefere botar a culpa em um possível desvio da sociedade em valorizar a falta de cultura (jogadores de futebol), em detrimento do estudo (eles, os invejosos). Visão pequena e baixa. Adriano ofereceu muito mais as suas equipes que recebeu. Seja em contratos de patrocínio, gols e títulos. Esquecem que, por exemplo: quando ele assina uma chuteira para as Nikes e Adidas da vida; a chuteira é vendida aos milhões pelo mundo afora, dezenas de milhões de dólares para as empresas e alguns milhões para o artista (Adriano, Ronaldo, etc.). É business e money, quem não entende, revolta-se. Fazer o quê?

Adriano!! Seja feliz onde quer que esteja, hoje, você é um exemplo de coragem, coragem de querer ser feliz, independentemente do que pensa o resto do mundo. E de forma alguma, és exemplo de fracasso. Descanse e curta sua vida, e quando quiser, volte para bater uma bola nos campos desse mundão de meu Deus.

Nós, a torcida, agradeceremos!!!

sábado, 4 de abril de 2009

ESTEJA SEMPRE PREPARADO PARA O INESPERADO



Existem coisas que acontecem ou na nossa vida ou na vida de outras pessoas, que de repente você para analisar o porquê que aquilo aconteceu. Não sei se é assim também com você, mas sei lá, às vezes vejo um fundo filosófico nas coisas mais corriqueiras da vida. A passagem que culminou nesse texto aconteceu há quase um ano, mas que teimosamente retorna ao meu imaginário para uma reflexão do que deveria ter acontecido para que aquele fato, pudesse ter se tornado realidade.

Olimpíadas de Pequim, final competição de salto em distância, a brasileira Maurren Maggi consegue um belíssimo salto na primeira tentativa, tentativa suficiente para que conseguisse a medalha de ouro na competição. Parabéns para ela, mas até aí morreu Neves!!! O que me impressionou e por conseguinte despertou-me aquele pensamento Socrático foi o diálogo dela com sua filha Sofia, por telefone, logo após a confirmação da conquista de medalha dourada.

- Filha!! Mamãe conseguiu a medalha de ouro!!!

- De ouro, mamãe!! Mas eu queria de prata!!!

Na hora me veio a questão: como pode uma filha de uma grande desportista, não ter a noção da hierarquia das medalhas? Será que ela achava, pela pouca idade que tinha, que prata era mais bonito que o ouro? Sei lá, talvez pela cor ou pela pronúncia da expressão “medalha de prata”. Acho que não!!

O que realmente acho, é que a Maurren durante os treinamentos não conseguia atingir no seu máximo, a média da marca dos saltos da portuguesa, que era favoritíssima ao ouro, porém, bravamente continuou seu treinamento de forma intensa, porém agora, com um outro objetivo mais realista – a famosa medalha de prata!!! Então em algum momento, num momento de intimidade entre mãe e filha ela deve ter dito:

- Filha, torça muito para mamãe trazer a medalha de prata!!!

Enfim, na vida, às vezes nos deparamos com situações que se mostram muito improváveis de acontecer, diante disso podemos ter três caminhos a percorrer: Desanimar diante impossibilidade que parece real e aceitar o fato; acreditar que aquilo pode acontecer mesmo sendo improvável e com isso continuar trabalhando forte; ou fazer como a Maurren, mudar o foco, mas acima de tudo, manter-se preparado para o inesperado.

E na nossa vida, quantas vezes o inesperado já se fez presente....!!!?

quarta-feira, 1 de abril de 2009

DEBATE SOBRE A CONSTRUÇÃO DE UM NOVO ESTÁDIO PARA O FLUZÃO


Segue o link do post feito pela Crys Bruno no site do João Marcelo Garcez no Globo.com, tratando sobre melhorias que o Fluminense deveria fazer para dar um salto de qualidade de gestão e abaixo minha opinião sobre o post dela:




Muito Legal esse post, é bom ver pessoas interessadas em pensar o Fluminense e não apenas torcer por ele.
Bem, na verdade eu discordo de algumas coisas, mas é no debate que as idéias evoluem, então exponho meus argumentos:
1- ACHO DESNECESSÁRIO A CONSTRUÇÃO DE UM NOVO ESTÁDIO PARA O FLUMINENSE. TEMOS O MARACANÃ, COM UM ÓTIMO CONTRATO DE CESSÃO FEITO ENTRE OS CLUBES (FLA E FLU) E O GOVERNO, O FLUMINENSE FATURA MAIS JOGANDO HOJE NO MARACANÃ DO QUE SE TIVESSE QUE MANTER UM ESTÁDIO NOVO, ISSO SEM FALAR QUE O MESMO JÁ ESTÁ CONSTRUÍDO, NÃO GERA MAIS DESPESAS, NEM CUSTO FIXO DE AMORTIZAÇÃO.
2- UM ESTÁDIO NAS LARANJEIRAS É IMPROVÁVEL PELA VIZINHANÇA COM O PALÁCIO GUANABARA (PELO FATO DA NÃO EXPANSÃO), E EM DUQUE DE CAXIAS (XEREM) SERÁ PROVAVELMENTE UM NOVO VAZIÃO (DIGO ENGENHÃO) PLA DISTÂNCIA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO. APESAR DO CLUBE SE CHAMAR FLUMINENSE, É UM CLUBE TIPICAMENTE CARIOCA (DA CIDADE) E É AQUI QUE SE CONCENTRA A MAIORIA DA TORCIDA TRICOLOR FREQUENTADORA DOS ESTÁDIOS.
3- O MARACANÃ ALÉM DE SER UM ESTÁDIO TRADIOCIONAL, REUNE ACESSOS DE CARRO, TREM, METRÔ E ÔNIBUS, ALÉM DO QUE, HÁ VIAS LARGAS AO SEU ENTORNO QUE FUNCIONAM MELHOR COMO ESCAPE. É UM CONVITE A IR AO ESTÁDIO (DIGO GERAR RENDA AO CLUBE).
4- O MARACA SERÁ REFORMADO PARA A COPA DO MUNDO (TALVEZ DOIS ANOS DE REFORMA) TEMPO EM QUE O FLU TERÁ QUE JOGAR EM OUTROS ESTÁDIOS, MESMO ASSIM, ACHO UM DESPERDÍCIO VOLTAR FORÇAS PARA A CONSTRUÇÃO DE UM NOVO ESTÁDIO PARA O CLUBE. POIS APÓS ESSE PERÍODO TEREMOS UM ESTÁDIO NOS MOLDES INTERNACIONAIS.
5- O FLUMINENSE PRECISA URGENTEMENTE DE UM CENTRO DE TREINAMENTO PARA OS PROFISSIONAIS (TALVEZ O VASCO-BARRA SE SAIR O ACORDO COM A TRAFFIC), E A LARANJEIRAS DEVERIA FICAR PARA OS JOGOS OFICIAIS DAS CATEGORIAS DE BASE DO CLUBE E PARA O TREINO UMA VEZ A CADA 15 DIAS DO PROFISSIONAL PARA MOVIMENTAR O AMBIENTE DO CLUBE.
6- TER UM ESTÁDIO PRÓPRIO NÃO É NECESSARIAMENTE SINÔNIMO DE SUCESSO FINANCEIRO DO CLUBE, VISTO QUE DOIS DOS CLUBES MAIS RICOS DO MUNDO (INTER E MILAN) DIVIDEM UM ESTÁDIO PÚBLICO (SAN SIRO) E POSSUEM FINANÇAS MELHOR ADMINISTRADAS QUE OS TIMES BRAZUCAS QUE POSSUEM ESTÁDIO PRÓPRIO.
7- O FLU PECA POR TER UM MARKETING INOPERANTE. QUE NÃO EXPLORA A CAPACIDADE CONSUMIDORA DE SEU PÚBLICO FIEL. DOU COMO EXEMPLO O CARTÃO QUE DÁ ACESSO AOS JOGOS DO FLU. ANO PASSADO COM O FLU NA LIBERTADORES ELES COLOCARAM O CARTÃO A UM PREÇO JUSTO (R$35,00 CADEIRA AZUL POR EX.), COM O SUCESSO DA DEMANDA, RESOLVERAM AUMENTAR O PREÇO, COMO A DEMANDA CONTINUOU, DECIDIRAM SUSPENDER A VENDA, DE OLHO NA BILHETERIA DOS JOGOS. BURRICE!!! SE ELES TIVESSEM MANTIDO 50 MIL CARTÕES ATIVOS, APÓS A PERDA DA LIBERTADORES NO MÍNIMO 30% CONTINARIAM NO PACOTE POR QUESTÕES ATÉ DE COMODIDADE. RECEITA CORRENTE TODOS OS MESES, PÚBLICOS ACIMA DE 15 MIL POR JOGOS E TORCEDOR QUE DE TANTO IR AO JOGO CONSOME MAIS PRODUTOS DO CLUBE. AGORA VOLTARAM COM O PACOTE, COM UM PREÇO, COMO NÃO HOUVE DEMANDA, ABAIXARAM O PREÇO… PERDERAM UMA ÓTIMA OPORTUNIDADE DE FIDELIZAR O TORCEDOR.
8- DESDE QUE EU ME TENHO POR GENTE, OUÇO PLANOS DE PARCERIA COM EMPRESAS PARA A CONSTRUÇÃO DE ESTÁDIOS NO BRASIL. NÃO ME LEMBRO DE NENHUM QUE TENHA SAÍDO DO PAPEL, COM TIME NENHUM (NEM FLAMENGO, NEM CORINTHIANS, ETC.) ACHO QUE DE CERTA FORMA HÁ UM MAIOR INTERESSE NO MARKETING DESSAS EMPRESAS NO ASSUNTO DO QUE REAL INTERESSE EM BANCAR UMA CONSTRUÇÃO MULTIMILIONÁRIA E DIVIDIR GESTÃO COM CLUBES FALIDOS OU A BEIRA DA BANCARROTA, AINDA MAIS NO RIO QUE POSSUI A CONCORRÊNCIA DO MARACANÃ. É SÓ O FLU PERDER UMA SEQUÊNCIA DE JOGOS OU FICAR ALGUM TEMPO SEM GANHAR NENHUM TÍTULO NO NOVO ESTÁDIO QUE COMEÇARÃO OS BUZINAÇOS DE QUE O LUGAR DO FLU É NO MARACA (JÁ ESCUTO ISSO NA TORCIDA DO BOTAFOGO).
9- VEJO QUE A SAÍDA PARA MELHORIA DO CLUBE É REALMENTE TER NA GESTÃO, PESSOAS QUE ENTENDAM DE GESTÃO. JÁ ESCREVI AQUI MESMO (COM OUTRAS PALAVRAS) QUE POR CAUSA DA UNIMED VIVEMOS UMA EUFORIA FINANCEIRA QUE ESCONDE UMA INCOMPETÊNCIA ADMIISTRATIVA GRITANTE DA NOSSA DIRETORIA.
10- ESPERO QUE COM UMA NOVA ELEIÇÃO VENHA UMA DIRETORIA MAIS COMPETENTE (NÃO TÔ FALANDO NADA DE HONESTIDADE MAS DE COMPETÊNCIA) E QUE O FLUMINENSE TRILHE NOVOS RUMOS MUDANDO O QUE É ERRADO E VALORIZANDO O QUE DÁ CERTO.
SEI QUE POSSO TER A DISCORDÂNCIA DE MUITOS, MAS ESSA É A MINHA FORMA DE VER O MEU FLUZÃO.

terça-feira, 31 de março de 2009

O RACISMO E OS NÚMEROS‏ - PARTE 2 DO DEBATE


Rafael, só para terminarmos este assunto:

1-O " pó de arroz", não foi em 1914, pois na época do Carlos Alberto Torres (capitão do tri-1970), ele era obrigado a passar pó de arroz, para não ser discriminado , volto a dizer que foi entre 1940 e 1960 e não .em 1914 como você disse.

2- O número de crianças negras aguardando adoção è quase três vezes o número de brancas, porque será?

3- O Alexander (o do cabelão ) , sofreu o preconceito na pele no Shopping, soube do fato pelos nossos amigos,neste final de semana.

4 - Acorde para este país, e não queira se influenciar por um instrumento que apoiou a ditadura e poder americano dentro e fora do Brasil, que cria um 'CRIANÇA E ESPERANÇA' só com artistas da casa, que narealidade nada mais è recebimento de dinheiro sem tributação, você já viu alguma creche , orfanato quetenha recebido o tão famoso dinheiro do 'CRIA NÇA ESPERANÇA'


5- Porque o continete Africano atè hoje è esquecido pelo "primeiro mundo".

Abraços,Bento.



Meu amigo Bentão!

Você sabe que eu adoro um debate, e está deliciosa essa troca de idéias contigo.

1 - Ao lado uma foto do Carlos Alberto Torres, com a taça do torneio de Paris (essa taça o Vasco não tem!!!). Bem, posso estar míope, mas não vejo nem pó de arroz, nem cabelo de branco- caucasiano (olha o black do negão!!!).


O Carlos Aberto que você quer dizer é outro Carlos Alberto, que de fato deu ensejo a essa parte vergonhosa do meu brilhante clube, talvez por serem xarás, você deva ter feito associação ao tempo em que o Capitão do Tri jogou bola e se equivocou com a época do CARLOS ALBERTO. A verdadeira história do pó-de-arroz abaixo:


O pó-de-arroz, que nada mais é do que talco inodoro, é uma marca registrada do Tricolor carioca. A origem é controversa e remonta ao ano de 1914. O Fluminense, numa época em que os negros não eram aceitos nos clubes da Zona Sul carioca - apenas o Bangu utilizava jogadores negros - contratou o meia Carlos Alberto, um mulato, que pertencia ao América. A história diz que o jogador passava pó-de-arroz no corpo para disfarçar a cor e ser bem aceito nas Laranjeiras, e que num jogo contra o seu ex-clubes, os torcedores adversários perceberam o truque e começaram a gritar "pó-de-arroz". Mas o feitiço teria virado contra o feiticeiro, pois os tricolores, em vez de se revoltarem com a brincadeira, teriam adotado o apelido.Mas o goleiro Marcos Carneiro de Mendonça, primeiro grande ídolo do Tricolor, tem outra versão, disponível num documentário no Youtube. Marcos garante que Carlos Alberto não usava o pó-de-arroz para disfarçar nada, mas por que gostava de colocar após fazer a barba .


2- Já disse que há mais pobres negros e mulatos do que brancos, não há indícios de racismo nisso. Se houvesse haveria que ter por questão de lógica racismo dos asiáticos em relação aos brancos pois possuem renda maior e tem menos pobres. Essa relação da cor da pelo com a pobreza já expliquei antes (tem haver com a evolução social que demanda tempo).


3-Também não disse que não há racismo no Brasil, só disse que ele não é uma força social (de uma parte da sociedade) como em outros países. Relembrando o que disse: "Realmente acredito que vivemos em uma sociedade que repudia o racismo, isso não quer dizer que não há racismo entre nós. Inclusive aonde houver pessoas diferentes haverá sempre intolerância e discriminação, infelizmente isso é inerente ao ser humano, em qualquer parte do mundo, até na África e na Europa Oriental onde há extermínio de etnias nas guerras". Acho um absurso isso! E se ele não fez valer o seu direito de não sofrer esse abuso, errou ele também. Monstros racistas devem apodrecer na cadeia (seja ele branco, negro, índio etc.), a nossa Constituição dá status de imprescritível e inafiançável ao crime de racismo. Isso significa que o agente racista, poderá ser acusado pelo ato muitos anos depois do ato cometido (pois o ato de acusar não prescreve com o tempo) e não é dado ao juiz o direito de estipular fiança para que o mesmo responda em liberdade.


4-Eu, que nem gosto da Globo (apenas concordo com as idéias do seu diretor de jornalismo, que poderia estar trabalhando em qualquer outra empresa) tenho que vir aqui fazer o papel de advogado do diabo. Brincadeira!! Mas é necessário!Bentão, muito me surpreende uma pessoa intelectualizada e culta como você, dar ouvidos, e pior, espalhá-los como verdade, HOAX (mentiras da internet) que são divulgadas como se fosse verdade. Digo isso, por que recebi também esse e-mail, me espantei como você, mas curioso que sou, fui a busca de uma resposta a essas acusações. Consegui uma resposta oficial da Unesco (organismo das Nações Unidas) sobre o tema, fui depois a legislação do IR onde confirmei a veracidade da alegação. Critico a Globo, por muitas coisas, mas sei separar o joio do trigo.


Segue abaixo a declaração da Unesco:

Esclarecimentos sobre a campanha Criança Esperança Em virtude de mensagens que circulam na internet com falsas informações sobre o Criança Esperança, a UNESCO esclarece que:

1. As doações para o Criança Esperança são diretamente depositadas em conta administrada pela UNESCO, que destina esses recursos única e exclusivamente para projetos sociais implementados no Brasil. Nenhuma doação do Criança Esperança passa pela Rede Globo.

2. Por se tratar de uma agência das Nações Unidas, doações para a UNESCO não são dedutíveis no Imposto de Renda, que veta supressão de contribuições feitas a organismos internacionais. Dessa forma, é inverídica a suposição de que a Rede Globo obtém benefícios fiscais com a campanha Criança Esperança. A Rede Globo, assim como a UNESCO, não se beneficia de qualquer recurso de abatimento fiscal em função do Criança Esperança.

3. Todo ano, por meio do jornalismo e da grade de programação da emissora, a Rede Globo e a UNESCO divulgam para a sociedade o trabalho realizado pelos projetos sociais que recebem recursos da campanha Criança Esperança. A lista completa dessas iniciativas está neste site, bem como informações gerais a respeito do projeto.

A UNESCO lamenta que pessoas ou grupos propagem informações falsas para prejudicar um projeto que se destina a beneficiar, com recursos e exposição de temas, um dos mais sensíveis e vulneráveis segmentos de nossa sociedade. Aproveitamos a oportunidade para agradecer aos milhares de brasileiros que há 21 anos contribuem com o Criança Esperança, permitindo que até hoje se tenham destinado recursos para apoiar mais de cinco mil projetos sociais.

UNESCO no Brasil:

SAS Quadra 5, Lote 6, Ed.

CNPq/IBICT/UNESCO 9o andar.

Brasília - DFBrasil


5- Pra terminar. o continente africano não é mais esquecido , meu nobre colega, do que grande parte da Asia, parte do Leste Europeu, parte da Oceania, parte do Oriente Médio e tantos outros lugares onde a miséria impera e a fome é uma realidade constante. A globalização veio para globalizar o faturamento das empresas e não a solidariedade aos povos. É revoltante mas é a verdade.


Um mega abraço e aguardo a resposta

sábado, 28 de março de 2009

FLU 2 X 1 BOTA - O FIM DE UM E A MANUTENÇÃO DE OUTRO TABU




Tabu contra time pequeno (rsrs) não é mole não!!!!


Porém desse jogo, o fato que merece meu registro foi o gol do Botafogo. Na vida da gente, há situações em que uma visão clara das coisas, acaba por se transformar em uma espécie de premonição daquilo que está em vias de acontecer.

Penalti marcado, e eu com meu amigo e companheiro de jogos e birita Everton assistíamos, com outros dois novos amigos (estes botafoguenses), e descrentes ao que mais uma vez poderia se repetir, a extinta péssima sina de perder para o Botafogo. Quando eu comentei:
- Quer apostar quanto que o Fernando Henrique vai escolher um canto e o jogador do Botafogo vai cobrar no meio do gol???E ele que já conhece essa minha revolta ficou quieto…
Gooolll do Botafogo, e eu que ja tinha narrado de certa forma, o que ainda estava por acontecer, disse…

- Eu não falei!!! P*%A QUE P@#IU!!!

O FATO QUE HÁ NO FUTEBOL UMA ESPÉCIE DE UNANIMIDADE BURRA , ENTRE OS PROFISSIONAIS DA BOLA, SOBRE O COMPORTAMENTO DO GOLEIRO DIANTE DA COBRANÇA DO PENALTI. A UNANIMIDADE DE QUE O GOLEIRO DEVE ESCOLHER O CANTO NA HORA DA BATIDA. SE HÁ MUITO, EU JÁ ACHAVA ISSO UMA BURRICE, DEPOIS DA POPULARIZAÇÃO DA “PARADINHA” ESSA PRÁTICA VIROU SUICÍDIO DO GOLEIRO. UM AMIGO MEU, EX-JOGADOR DE FUTEBOL JÁ ME DISSE, QUE NOS TREINOS QUANDO O GOLEIRO NÃO ESCOLHE CANTO ELE QUASE NÃO PEGA NADA.

ORA BOLAS!!! DIDI MESMO JÁ DIZIA QUE: TREINO É TREINO E JOGO É JOGO. NUMA PARTIDA, O EMOCIONAL FAZ PARTE DO PROCESSO DA COBRANÇA DO PENAL (já que ao perder o penalti, no treino, ele terá outras 10 cobranças). É RIDICULO E SEM PROPÓSITO ESSE TIPO DE ATITUDE NA HORA DA PENALIDADE, TALVES OS PROFISIONAIS DA ÁREA ACHEM QUE SEMPRE FOI ASSIM, “ENTÃO POR QUE MUDAR!!!”.
LISTO ALGUNS MOTIVOS “UM TANTO ÓBVIO” PARA CONTESTAR ESSE PROCEDIMENTO TÃO INFELIZ DOS GOLEIROS DESSE ESPORTE.
1- POR QUE ENTÃO NA ÉPOCA DA FALTA SEM BARREIRA (de um campeonato paulista do anos 90) EM QUE A COBRANÇA ERA FEITA DA ENTRADA DA ÁREA O GOLEIRO TAMBÉM NÃO ESCOLHIA UM CANTO (a distância não era tão maior)?

2- QUANDO O GOLEIRO NÃO ESCOLHE CANTO, OBRIGA O JOGADOR BATER BEM O PENALTI, GERALMENTE MAIS PERTO DA TRAVE E COM FORÇA, AUMENTANDO SIGNIFICATIVAMENTE AS CHANCES DA BOLA IR PARA FORA OU EXPLODIR NA TRAVE.

3- O GOLEIRO QUE DESAFIOU ESSA BURRICE (CECH DO CHELSEA-ING) ESPEROU A DEFINIÇÃO DO COBRADOR E FEZ COM QUE O MELHOR JOGADOR DO MUNDO (DO ANO) FIZESSE UM PAPEL RIDÍCULO NA SUA COBRANÇA DE PENALTI NA FINAL DA ÚLTIMA LIGA DOS CAMPEÕES DA EUROPA.

4- COMO PODE EM UM ESPORTE MULTIMILIONÁRIO COMO O FUTEBOL, ALGUMA COISA AINDA SE CHAMAR DE LOTERIA?

5- PENALTI BEM COBRADO, NEM COMBINANDO COM O GOLEIRO O CANTO, ELE CONSEGUE PEGAR. ENTÃO PORQUE ESSA NEUROSE DE ESCOLHER CANTO. SE A CHANCE DO GOLEIRO É PEGAR O PENALTI MAL BATIDO.

SÃO TANTOS OS MOTIVOS PARA QUE O GOLEIRO NÃO ESCOLHA O CANTO QUE FICARIA AQUI ENUMERANDO MAIS UMA DEZENA DELAS. CABE O TREINADOR DE GOLEIROS TREINAR O REFLEXO E A EXPLOSÃO PARA FAZER COM QUE O GOLEIRO TENHA UMA RESPOSTA AO CHUTE E CONSIGA AO MÁXIMO DIFICULTAR A VIDA DO COBRADOR.

MAS ISSO É INVENTAR DEMAIS, E SE HÁ MAIS DE 30 ANOS O FUTEBOL NÃO SOFRE MUDANÇAS SIGNIFICATIVAS EM SUAS REGRAS, O MELHOR, PARA A MAIORIA É TRANSFORMAR ESSA IGNORÂNCIA COLETIVA EM PATRIMÔNIO FUTEBOLÍSTICO.

MAS NÃO SERÁ POR ISSO, QUE FUTEBOL É PURA EMOÇÃO ?!!!


quinta-feira, 26 de março de 2009

O RACISMO COLOCADO EM DISCUSSÃO


MEU AMIGÃO EDSON BENTO (ADMINISTRADOR DE EMPRESAS - ALTO FUNCIONÁRIO DO BANCO DO BRASIL - manda muito esse rapaz, me arruma uma boquinha aí!!!) RESOLVEU PARTICIPAR DESSA DISCUSSÃO SOBRE O RACISMO NO BRASIL E RESOLVI ABRI-LA A TODOS QUE QUISEREM PARTICIPAR

Rafael, o racismo aqui no Brasil é muito pior do que nos USA, pois aqui o racismo é silencioso, veja alguns exemplos:

Porque nos BBS só há um ou dois negros no máximo, no atual só tinha um.

Porque o seu Fluminense è conhecido como "pó de arroz", pois até a década de 60, jogadores da raça negra, não poderiam "jogar" no seu time.
Não se iluda em artigos do Jornal 'O GLOBO', pois este representa uma "elite", que rouba, mente, repudia e mama literalmente nas tetas do país.

Edson Bento

Fala Edson, quanto tempo!!!

É meu companheiro, vejo que temos visões diferentes a respeito do mesmo tema.

Realmente acredito que vivemos em uma sociedade que repudia o racismo, isso não quer dizer que não há racismo entre nós. Inclusive aonde houver pessoas diferentes haverá sempre intolerância e discriminação, infelizmente isso é inerente ao ser humano, em qualquer parte do mundo, até na África e na Europa Oriental onde há extermínio de etnias nas guerras. O que não concordo é o fato de se afirmar que vivemos em um sociedade em que o racismo é velado, não! Ele é combatido tanto pela nossa Constituição quanto pelo cidadão comum. O que a parte da sociedade encara como racismo, eu e tantos outros, que comungam do mesmo pensamento que eu, vemos como discriminação social, o que também de fato é revoltante e vergonhoso. Mas essa é a realidade.

Para responder essas suas indagações, te pergunto qual é a função do Pardo nessa discussão racial???

Bem, se eu estivesse no BBB, eu seria contado como negro ou branco?

O pardo na verdade é o "x" dessa celeuma racial !!!

Somos a maioria esmagadora do país (60%) e somos usados para avalisar as políticas discriminatórias (chamadas de afirmativas, mas que excluem o pobre não-negro) que usam como base as pesquisas que dão dados, que aparentemente demonstram o racismo.

O pardo que trabalha em shopping, ou está na faculdade é considerado branco.
O pardo que está preso ou trabalha em subempregos é considerado negro.
Com um coringa desse qualquer jogo é ganho, mesmo que não seja de forma honesta.

Por isso eu digo. Não se trata cegueira com remédio para ouvido!

Tratar como racismo, um problema que de fato é de discriminação social e estender o problema e não resolvê-lo.

Te faço outra pergunta! Quantas gerações levam para que uma população inteira que foi tratada como mercadoria, sem direito a posses, consiga galgar uma elevação social até a sociedade classe A (ricos e milionários)?

É fato que temos 120 anos da abolição da escravatura no nosso país, e provavelmente nossos tataravós foram escravos, e por isso não tinham posses. Vejo, sinceramente, que a evolução social do povo negro está sendo feita de forma normal. Minha tataravó deveria ter sido escrava, minha bisavó empregada doméstica, minha avó empregada doméstica, minha mãe secretária executiva e depois guia de turismo e eu administrador de empresas, meu filho quem sabe??? multimilionário !!!!

Edson, todas as situações vexatórias aos quais os negros passam nessa sociedade, acredite, é que a eles é feito ainda, a associação de que são pobres (que repito, ainda sim é revoltante!) e após desfeito o mal entendido, a grosseria e estupidez da lugar ao embaraço e a vergonha do discriminador. Digo isso, por que sei que se não houver algum fato que não desfigure o alvo da discriminação de ser pobre, a ofensa continuará e o ofensor não se arrependerá com o fato (é triste!!).

Seja negro ou branco, o tratamento no país é feito de acordo com as posses que você aparenta ter. O racismo não respeita posses, o racista se considera superior independente de quanto você tenha. Para ele, o humilhado sempre será visto como um ser inferior, mesmo que ele não demosntre isso por ter medo da lei.

Toda essa revolta que alguns têm ao que o Ali Kamel escreve, é pelo fato de estarmos acostumados a aceitar o que é dito por todos, e então gera-se uma espécie "unanimidade burra" que aceita um argumento sem querer debatê-lo. É fato que ele por vezes se protificou a participar de debates sobre o tema, é sempre rechaçado como racista, e que pelo fato de ser de origem árabe não tem condições étnicas de participar do debate (mais racismo que isso!!). Por comungar dos mesmo pensamentos do Sr Kamel, acompanho com atenção ao que é publicado na Rede Globo, e para sua informação nunca vi nenhuma reportagem nos principais jornais da emissora que defendem sua posição contrária as cotas. Como foi dito no texto dele abaixo, ele é até de certa forma criticado por seus subordinados (Miriam Leitão, Eli Gaspari etc.), isso é isenção no trabalho. Já que ele é o segundo homem mais forte do Jornalismo da Rede Globo.

Bem, provavelmente essa é uma discussão muito mais longa que esse trecho de resposta, mas de qualquer forma fico feliz em ouvir sua opinião em relação a um tema tão melidroso, apesar de tão presente em nossas vidas.

ps. Realmente é uma vergonha ter esse fato acontecido no meu time de coração (a história do pó de arroz. E aconteceu em 1914 e não na decáda de 60!). Mas veja, só! Em todos os times grandes do país (quase todos centenários) coube essa história vergonhosa a somente um. E um em relação a todos, meu amigo, não é regra, é exceção!!!
De qualquer forma um mega abraço para você Bentão!!!

Fica com Deus e sucesso!

Rafa Rangel

quarta-feira, 25 de março de 2009

A PROIBIÇÃO DO ALCOOL E A VIOLÊNCIA NOS ESTÁDIOS


Sou morador da Tijuca e estava esperando o clássico Flamengo x Vasco para ter confirmar um pensamento que tinha sido firmado por mim em relação a proibição de vendas de bebidas alcólicas em torno do Maracanã em dias de jogos. Brigas, assaltos, confusão etc. nada mudou mesmo com a proibição de venda de tais bebidas.
O brasileiro tem um péssimo defeito de trazer políticas implementadas no exterior sem querer antes analisar se o tipo de problema é igual ou apenas semelhante ao que acontecia em outros países. O problema das confusões em dias de jogos não são causados por pessoas de bem, que vão ao estádio com o intuito de torcer por seu time e que uma circunstância qualquer (desentendimento, ofensas e outros) acaba os envolvendo em confusões. Não!O problema é que a violência nos estádios é “organizada” por bandos que integram torcidas organizadas e saem em grupos com o intuito de brigar, assaltar e espancar a torcida adversária, e esse comportamento criminoso não será diminuido com a vedação ao comércio ao redor do estádio.
Na realidade o que vêm acontecendo é que a medida ampliou a circunferência da violência na região. Esses meliantes se reunem longe do estádio para brigar e continuam ocupando bares que ficam fora da área proibida à comercialização.
A briga entre torcidas organizadas é um problema social de Segurança Pública e não de destemperos de cidadãos comuns que se tornam mais ou menos violentos pelo consumo de alccol ao entorno do estádio.

domingo, 22 de março de 2009

O MAL QUE A UNIMED NÃO PODE TRATAR


Numa mesa de negócios, por mais que o bem comum seja buscado, o objetivo de cada lado é que ao final das contas, é que sua meta no negócio seja atingida. Nessa relação (muito duradoura, e que deveria ser exemplo para o resto do Brasil) entre a UNIMED e o Fluminense, há o interesse financeiro de ambas as partes pois, se trata de uma parceria ótima para ambos os lados.


A primeira noção errada as pessoas tiram dessa relação é a de que a Unimed injeta “rios” de dinheiro no clube pela paixão que o Presidente da Empresa Dr. Celso Barros tem pelo Fluminense. O dinheiro não é dele, é da empresa. Todas as vezes em que ele foi questionado por seus pares em virtude do montante do investimento, ele pode contraargumentar o quanto que a Unimed teria que desembolsar para ter o mesma exposição de marketing e mídia nos veículos de comunicação. Me lembro apenas dos dados referentes ao vice-campeonato do Fluminense na Copa do Brasil de 2005, para que a UNIMED pudesse ter a mesma exposição na mídia teria que ter gasto mais de 50 VEZES do que foi gasto com o clube naquele ano. Imagina então, qual foi a vantagem para empresa após a exposição do título da Copa do Brasil, e da final da Libertadores. De 99 até hoje a UNIMED passou de uma grande empresa de saúde no Estado do RJ, para ser disparada a maior Empresa de Plano de Saúde do Estado e quem entende um pouco de marketing sabe o quanto a exposição contínua da marca na camisa do Fluminense contribuiu para o sucesso da empresa.


A segunda noção errada é a de que a relação entre o Fluminense e Unimed é de parceria de gestão, o Unimed como patrocinadora é interessada exclusivamente na exposição da marca na mídia. A Unimed viu que o dinheiro poderia ser melhor aplicado se ela pagasse diretamente aos principais jogadores do elenco. Ficou assim, a seu cargo, participar das negociações no intuito de formar grandes times para disputar os maiores torneios do Brasil e do Mundo (os possíveis é lógico!), essa mudança de postura no patrocínio, fez o Fluminense passar por algumas situações inusitadas (quem não se lembra do time com Romário, Edmundo, Roger???) essa forma de patrocínio foi se lapidando com o tempo e hoje há a noção de que mais do que craques de mídia, a exposição da marca fica mais forte com a montagem de times equilibrados e competitivos. Mas o retorno desse tipo de investimento é sempre esperado no curto prazo, por parte da Unimed; então René Simões não durou o sufuciente para montar o time, já que padrão de jogo apresentado nessa temporada era um prenúncio que o time ficaria fora de todas as finais desse semestre, apesar do investimento vultoso. E a paixão que o Celso Barros nutre pelo Renato Gaucho não é por que eles gostam da mesma churrascaria, mas por que foi sob sua batuta que o Fluminense conseguiu as maiores exposições com a marca nesses 10 anos de parceria.

O imenso sucesso do Fluminense na taça Libertadores da América, abriu os olhos da Unimed para a expansão internacional da marca, seguro saúde é um ótimo negócio em várias partes do mundo (principalmente nos EUA, que apesar de não serem apaixonados por futebol, possuem uma imensa população de imigrantes que levaram consigo a paixão pelo esporte bretão). E uma nova participação do clube na competição é vista como ponto fundamental para empresa ser reconhecida no exterior (America do Sul e Europa principalmente).


Na contramão desse projeto grandioso temos hoje um time, que treina em um lugar condenado a ser um museu permanente (péssimamente conservado), uma diretoria que não consegue arcar com nem com os menores salários do elenco, apesar das cotas de TV milionárias pagas todos os anos ao clube (Só pelo Brasileirão são 15 milhões por ano, fora Copa do Brasil, Estaduais e outros mais ), não deixa sequer vestígios do dinheiro pelas vendas das ultimas jóias produzidas em Xerem. E Xerém, nossa mina de ouro, encontra-se hoje abandonada por esta diretoria.

Investimentos estruturais não serão feitos pela a patrocinadora, pois esta não é investidora de jogadores, e nem essa é a modalidade de patrocínio acordada entre as partes. Esse tipos de investimento deveriam ser feitos pela gestão do clube (hoje vislumbra-se uma parceria com a Traffic para a aquisição de um centro de treinamento decente - tenho pena no Fred, apesar de eu ser tricolor, que saiu de um clube estruturado, para treinar nessa bagunça).


Infelizmente, a parceria que é tão benéfica para o clube encobre uma péssima gestão de um presidente que não entende nada de administração de um clube de futebol, estamos realmente perdendo o BONDE DA HISTÓRIA . Infelizmente, porquê quando essa parceria acabar acordaremos para uma situação em que se terá a real noção de que o Fluminense viveu um sonho chamado Unimed e acordou em um pesadêlo chamado realidade.

O RACISMO E OS NÚMEROS


SEGUE ABAIXO UM TEXTO ANTIGO, MAS DE UM TEMA RECORRENTE QUE SEMPRE VALE UMA REFLEXÃO MAIS APROFUNDADA.

OUTRO TEXTO DE ALI KAMEL, JORNALISTA E DIRETOR DE JORNALISMO DA REDE GLOBO DE TELEVISÃO. QUE NESTE TEXTO, MOSTRA COMO DADOS ESTATÍSTICOS QUE APARENTEMENTE DIZEM COISAS CLARAS, PODEM QUERER DIZER OUTRAS MUITO MAIS RELEVANTES.... E COMO ISSO É UTILIZADO PARA VALIDAR POLÍTICAS DE COTAS SEGREGACIONISTAS NO NOSSO PAÍS.



O RACISMO E OS NÚMEROS (ali kamel)


Quando eu estava entrando na adolescência, era travesso. E adorava biologia. Um dia, respondi a todas as questões de uma prova, começando sempre assim: “É óbvio que”, e dava a resposta. Tirei boa nota, mas recebi uma lição extra do meu professor Wanderley Lopes. “Dizer que uma coisa é óbvia é chamar o outro de burro.” Nem por um minuto imaginei que foi esta a intenção de minha amiga brilhante e parceira de profissão Míriam Leitão. Mas me lembrei do episódio ao ler ontem, no seu artigo, a afirmação, em relação ao suposto racismo do brasileiro: “São muitos os sinais (...) de que afinal a elite não quer mais se esconder atrás da negação do óbvio.” Não me senti ofendido, porque sei que foi um jeito automático de falar. Porque todos com alguma afinidade com as ciências e a filosofia sabem, e Míriam sabe como poucos, que o óbvio não existe. Nada é simples na vida.

A começar pelos números. Quer chegar a conclusões próximas da verdade? Então vá aos números, mas a todos os números e não apenas àqueles que são favoráveis à sua tese. Na contestação a meu artigo “Não somos racistas”, Míriam e alguns leitores disseram, citando tabelas do IBGE, que os negros ganham a metade do que ganham os brancos. Disseram mais ainda: os negros com mesmo nível educacional ganham menos que os brancos. É verdade? É, mas os dados não demonstram o racismo.

Porque os números estão incompletos, analisaram-se apenas os dados publicados pelo IBGE na “Síntese de indicadores sociais, 2002”: como o interesse maior é por brancos, negros e pardos, na brochura, tudo está restrito a esses segmentos. Mas os números vão muito além. Naquelas mesmas tabelas, os números relativos àqueles que se denominam amarelos jamais são citados. E eles são reveladores. No Brasil, os amarelos ganham o dobro do que ganham os também autodenominados brancos: 9,2 salários mínimos contra 4,5 dos brancos (os autodenominados negros e pardos ganham 2,5). Ora, se é verdadeira a tese de que é por racismo que os negros ganham menos, haverá de ser, em igual medida, também por racismo que os amarelos ganham o dobro do que os brancos. Se o racismo explica uma coisa, terá de explicar a outra, elementar princípio de lógica. E, então, chegaríamos à ridícula conclusão de que, no Brasil, os amarelos oprimem os brancos.

Não, o racismo não explica nem uma coisa, nem outra. Porque não somos racistas, repito. A explicação se encontra no nível cultural e na condição econômica dos diversos segmentos da população. Vejamos: os amarelos estudam, em média, 9,6 anos, os brancos estudam menos, 8 anos, e os negros, menos ainda, 5,7 anos. Os amarelos estudam mais e, por isso, ganham mais. Nada a ver com a cor. Diante desses números, mais lógico seria supor que é preciso redistribuir renda, para que os mais pobres possam melhorar de vida. E aplicar políticas sociais que tenham como alvo os pobres em geral, e não apenas os negros, para que tenham acesso a um ensino de qualidade. Melhor ensino, melhor salário. Porque tudo o que se diz em relação aos negros, pode ser dito com mais propriedade em relação aos pobres, sejam brancos, negros, pardos ou amarelos. São os pobres que têm as piores escolas, os piores salários, os piores serviços. Negros são maioria entre os pobres porque o nosso modelo econômico foi sempre concentrador de renda: quem foi pobre (e os escravos, por definição, não tinham posses) esteve fadado a continuar pobre.

Mas o leitor deve estar se perguntando: como pode um negro com o mesmo nível educacional ganhar menos do que um branco? Não pode. Nem as estatísticas dizem isso. O que elas mostram é que negros, com o mesmo número de anos na escola que brancos, ganham menos. Isso não quer dizer que tenham a mesma condição educacional. Basta acompanhar este exemplo hipotético: um negro, por ser pobre, estudou 12 anos, provavelmente em escolas públicas de baixa qualidade e, se entrar na universidade, não terá outra opção senão estudar em faculdade privada caça-níqueis; o branco, por ter melhores condições financeiras, estudou também 12 anos, mas fazendo o percurso inverso, estudou em boas escolas privadas e cursará a universidade numa excelente escola pública. A diferença salarial decorre disto e não do racismo: “Você é negro, pago um salário menor.” Infelizmente, não há estatística que meça quanto ganham cidadãos de cores diferentes com igual qualificação educacional. Da mesma forma, não é correta a afirmação de que brancos e negros, em funções iguais, ganhem salários desiguais. O IBGE não mede isso. Não há tabela mostrando que marceneiros brancos ganhem mais que marceneiros negros. O que ele faz é estratificar os segmentos em categorias: com carteira, sem carteira, domésticos, militares e estatutários, por conta própria e empresários. Ou por setores: indústria, comércio, agricultura etc. Mas nunca por função ou ofício ou nível hierárquico.

Vejamos o que acontece com militares e estatutários: de fato, negros ganham R$ 843,51 e brancos, R$ 1.201,56. Mas, novamente, é a qualificação educacional que conta para a diferença, não a cor. Ou alguém imagina que no século XXI, num país republicano como o Brasil, que se orgulha da sua Constituição Cidadã, um servidor público, civil ou militar, possa ganhar mais por causa da cor? Impossível, as carreiras são tabeladas. Ocorre é que quem não tem dinheiro não se gradua em general, por exemplo, seja branco ou negro. Há, provavelmente, mais cabos de origem humilde (portanto, mais negros) do que generais. A ausência de racismo fica mais clara quando se pesquisa uma categoria específica como os militares, mas sem a possibilidade de haver diversos níveis educacionais: os domésticos. Sem diferenças em anos de estudo, encontramos que a média salarial de negros é de R$ 203 reais e de brancos, R$ 211, praticamente iguais, portanto. O debate entre visões diferentes é sempre saudável. Eu acredito que a solução não é instituir políticas sociais com base na cor, correndo-se o risco de fazer o Brasil enfrentar algo desconhecido por aqui: o ódio racial. A solução é a continuação de políticas sociais voltadas para os pobres em geral, brancos, negros, pardos e amarelos. Se o Brasil mantiver este caminho, em pouco tempo as estatísticas vão mudar de tom. Sem ódios.


ALI KAMEL é jornalista.