quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Decepção+Prudência+Paciência= Início de Temporada

Depois da apresentação do meu Fluminense frente ao tricolor do Subúrbio. O fácil sentimento de frustação deu lugar a uma reflexão mais profunda desse processo de renovação ao qual um time, que vislumbra a conquista de títulos passa. O término da temporada anterior culminou com o desfazimento de boa (numeral e adjetivo) parte do elenco vice-campeão das Américas. Cícero e Thiago Neves se foram, logo após o fim da Libertadores, Thiago Silva foi para o Milan, de forma mais digna, ao fim do seu contrato; São Paulo nos deu um banho de competência nos levando a custo zero Washington, Arouca e Jr César (de todos o único que não deixará saudades); sem falar e Dodô que apesar dos percalços e desentedimentos, contribuiu sobremaneira para as boas lembranças de Fluminense x São Paulo, e, Fluminense x Boca Jr-ARG, sem ele com certeza, estas não seriam as mesmas. Foram 7 perdas, e o Fluminense só conseguiu repor a altura em 2 posições (Leandro Amaral/Cicero; Leandro/Jr César). Com 4 sérios desfalques é mais do que normal que o time caia de produção em um início de trabalho.
A torcida geralmente tem um rei na barriga e não possui nenhum tipo de memória. Esse mesmo time que ficou para sempre no nosso imaginário, se classificou sob vaias em alguns jogos para semi-final da taça Guanabara e de forma mais tranquila para a final da taça Rio, nos dois casos tivemos como algoz o time nada espetacular do Botafogo (quem se lembra da declaração do Bebeto:"derrotamos um gigante"?), mesmo assim o time cresceu de produção e chegamos com louvor a final da Libertadores da América. Indo mais longe, o mesmo time que foi campeão da Copa do Brasil, foi o time que teve até torcedor invadindo o campo pra dar porrada no volante Fabinho no final de um jogo do Campeonato Carioca.
É verdade que não temos um time a altura, e que parte dessa culpa foi a incompetência da diretoria que de forma omissa deixou o contrato de alguns jogadores chegarem perto do fim para então negociarem o contrato de renovação, é o amadorismo a desserviço do meu tricolor, mas como em todo início de temporada, prudência e paciência não irão fazer mal a ninguém, tomará que continuemos na mesma trajetória, apostando e apoiando o time para que assim possamos ter um ano de felicidades ou conquistas assim como foi os dois anos que se passaram.
PS. De todos os contratados, aqueles que me dão uma nítida impressão que não vão conseguir render nada mais do que aquilo que já mostraram são: Leandro Domingues e Roger. Tomara que eu esteja engando, se não, ainda bem que temos o Tarta e o Maicon.
Um abraço.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

CHEGA DE OTIMISMO

Depois de muito refletir, sobre o otimismo. Eu decidi: Abaixo ao otimismo! O mundo está cheio de otimistas, os pobres não melhoram de vida por que são otimistas; têm pessoas que passam a vida inteira com o pensamento otimista, e nunca melhoram. – Temos fé, que nossa vida vai melhorar. Chega!!!
O otimismo, de fato, virou uma mania mundial. Teve até uma autora que ficou milionária vendendo um Segredo do otimismo. O Segredo dela invadiu os lares em forma de livros e vídeos, as pessoas acreditavam no segredo revelado, nos depoimentos manifestados e se tornaram “sócio-vendedores otimistas” propagando a notícia de otimismo e o sucesso da utilização desse sentimento, mesmo que nunca terem recebido as graças da manifestação desse sentimento.
O otimismo anda na contramão do sucesso, sabe aquele empresário de sucesso que você leu na revista dizendo que o otimismo dele ajudou-o a alcançar o sucesso. Ele está mentindo para você, na verdade, ele até acha que o otimismo fez parte do sucesso dele, mas ele está enganado. O otimista dificilmente prospera, o otimista é aquela pessoa que compra o bilhete de loteria esperando que a riqueza caia do céu. O otimista não trabalha o sucesso, para o otimista o mundo fará uma conspiração para que o sucesso bata a sua porta. Sabe o porquê? Por que ele é um otimista e o otimista é um mero espectador da vontade do mundo.
Se o sucesso tem um irmão inseparável, quase que siamês, esse irmão é o entusiasmo, vitórias são construídas pelos entusiastas. Os entusiastas movem esse planeta. Está mais do que na hora do mundo conhecer , o primo rico e próspero dessa história. Não é uma mera troca de adjetivos, eles nem são sinônimos! O entusiasmado acredita que ele vai fazer a diferença, o entusiasta move a “Roda do Mundo” e não fica esperando que o Mundo resolva seus problemas. O Socialismo começou a ter seu fim, não com a queda do muro de Berlim, mas quando um presidente Norte-americano disse: – Não perguntem o que a América pode fazer por vocês, mas o que vocês podem fazer pela América. Dali, ele criou uma nação de entusiastas, e foi o começo do fim do Socialismo no Mundo.
O entusiasmo é uma palavra grega, que significa estar possuído por algum Deus (gregos eram politeístas), o entusiasta faz com que o mundo conspire em favor de suas ações, pois Deus (seja lá qual for sua religião) age juntamente com o seu trabalho. O entusiasta adquire paixão por produzir, por agregar valor. O entusiasta é aquele Diretor que começou como boy, aquele empresário que trabalha até no domingo, é o estudante que troca a festa pelo estudo O entusiasta acredita que o sucesso é fruto do seu esforço e é um obstinado na busca desse sucesso. Os entusiastas dominam o mundo.
Veja o Japão, é um país de entusiastas, construíram em 50 anos (após a bomba atômica de Hiroshima e Nagasaki) uma das maiores potências mundiais, e é só um arquipelagozinho, menor que muitos dos Estados brasileiros. E os alemães; construíram uma potência, veio a 1° Guerra, construíram outra potência, veio a 2° Guerra, o país deles foi arrasado por 2 Guerras Mundiais e mais de 40 anos de separação política mas, hoje tem uma das economias mais fortes e sólidas do mundo. Eu acho que possivelmente ninguém lá conhece essa palavra: otimismo.
E os EUA, a maior potência econômica do planeta, admirado, invejado e até odiado pelos outros povos do planeta. Tinham um progresso constante, mas aí veio uma mania de Segredo de otimismo que tomou o país inteiro, e as pessoas começaram a quererem comprar imóveis que não conseguiriam pagar (talvez, uma forte mentalização positiva fará com que um cheque apareça em minha caixa de correio, ou que após eu acreditar de verdade, a minha promoção saia na empresa que eu ainda nem trabalho); e o pior, o clima de otimismo, abraçou até os investidores, que liberaram financiamentos para pessoa sem condições de arcar com os custos, enfim, todos acreditaram que o otimismo seria um multiplicador do capital e no que deu? A maior crise financeira mundial desde 1929.
As pessoas precisam ter a consciência que o sucesso cobra um preço; preço esse que só é pago pelas pessoas que acreditam no trabalho e que acreditam que são elas os agentes da mudança e não pacientes dos acontecimentos. O otimismo não requer esforço, nem estudo, nem sacrifício. O otimismo é, na verdade, um câncer, disfarçado de remédio Por isso, faça um favor a você e a seu país, esqueça o otimismo, seja um entusiasta.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

LEGALIZAÇÃO DAS DROGAS – UTOPIA MISTURADA COM MIOPIA

Vira e mexe, seja lendo um jornal ou numa roda de amigos, quando o assunto é a violência ligada ao tráfico de drogas, logo aparece a opção da legalização das drogas, como ponto cabal para diminuição da violência. – Legalizando as drogas, o poder de venda seria tirada das mãos do tráfico e passaria para mãos de empresas, e ainda o Estado ganharia com os impostos. Dizem os que vêem pelo lado econômico. – Com a liberação das drogas, o uso vai diminuir o fascínio dos jovens e o uso vai ser menos atrativo. Dizem os que vêem pelo lado social-psicológico do assunto.Bem, após ler mais sobre o assunto, fixei ainda mais minha opinião, e como demonstrei previamente no tema, solução com liberação é UTOPIA. É didático que eu me refira a alguns preceitos da Lei Maior que rege a nossa sociedade nesse país.Entre outros princípios Constitucionais, um princípio que rege o Sistema Tributário Nacional, o principio da seletividade do Imposto sobre Produtos Industrializados, como rege o art.153,§3°,II, que o IPI será obrigatoriamente seletivo, o que isso significa, que o imposto cobrado sobre cerveja, cachaça, cigarro, maquiagem e outro tem que ser mais pesados do que o impostos cobrados sobre produtos essenciais como arroz, farinha, feijão e outros, e a normalidade do processo é para assegurar uma sociedade com menos vícios, o governo cobra impostos com alíquotas chamadas proibitivas, para desestimular o uso, um exemplo clássico é o do cigarro que chega a pagar alíquotas de mais de 300% sobre o custo,de modo a inibir o uso. Voltando ao tema, fico imaginando, qual seria a alíquota para comercialização da maconha? E da cocaína que o uso exagerado pode levar a pessoa a morte uma única utilização? Se é pra proteger a sociedade de substâncias viciantes, a alíquota estaria então com algum número na casa dos quatro dígitos. Isso sem falar de outras drogas...Agora sim, a aplicação prática. Uma possível liberação, os entorpecentes seriam produzidos em fabricas legalizadas, com pontos de vendas autorizados (em shoppings, bares, farmácias e restaurantes...) o Estado arrecadaria bastante, os ricos utilizariam drogas sem maiores problemas, pois poderiam sustentar o vício de pagar por uma carreira de cocaína talvez R$80,00, R$90,00 (não se esqueçam dos impostos), andariam com suas notas fiscais e receitas médicas autorizando o transporte e o uso. Seria lindo, o fim da “duras policiais” o uso liberado, tudo lindo, se não fosse o provável aumento vertiginoso do consumo, e pelo fato de que a classe média e a classe baixa continuariam a ser os maiores compradores de drogas dos traficantes. O uso de entorpecentes tributável, tornaria o uso impraticável para 90% dos usuários, e quem iria fornecer para esse nicho consumidor carente, os traficantes de drogas é lógico; mas agora com outro enfoque, nada de policia subindo o morro com Caveirão, nem tiroteio a qualquer hora do dia. A responsabilidade agora seria da Receita Federal e não mais das polícias, afinal que seria o crime por vendas drogas? Somente o da sonegação, sendo competência da Receita dos entes, fiscalizar o comercio e fechar os estabelecimentos irregulares. Imagina, se nem a polícia com armamento militar consegue fechar esses estabelecimentos, imagino uma operação da Receita para fazê-lo. Seria até cômico, se não fosse trágico.Em relação ao lado sócio-psicológico da questão, eu me pergunto, existem mais jovens usuários de bebidas alcoólicas ou de cocaína? de cigarro ou de maconha? Acho que não há discordância que há muito mais usuários de drogas lícitas do que ilícitas. O fato de ser ilícito, inibe e constrange a maioria das pessoas e é pensando na maioria que sempre são feitas os regulamentos para a sociedade, a legalização é um retrocesso a política vital do Estado de promover uma sociedade mais justa e sadia e o combate as drogas é uma guerra sem fim, como se fosse entre o bem e o mal (sendo simplista), mas o posicionamento das pessoas nessa guerra deve ser sempre, pela vitória de um bem maior e não de uma omissão maior.A legalização diminuirá constrangimentos, aumentará o consumo e atará as mãos do Estado, não vejo beleza em ser vanguarda rumo a uma direção para um caminho que leve a destruição da sociedade, sociedade que se posicionou de forma inteligente para inibição da propaganda do uso do cigarro, que sabe um dia para a mesma visão em relação a bebida alcoólica, não pode retroceder liberando o uso de entorpecentes ilegais, a liberação seria uma vitória para os traficantes e talvez para alguns usuários e comerciantes mas seria de fato uma derrota, sem precedentes para toda sociedade.