quinta-feira, 30 de abril de 2009

A JUSTIÇA DA MELANCIA


Sempre fui reticente em relação à atuação do STJD ou do TJD nos casos que envolvem as ações de futebol dentro e fora das quatro linhas. Sempre vi nessas atuações mais uma ação de marketing, do que propriamente uma aplicação da justiça em si.

Digo isso, porque na justiça comum julga-se desde o ladrão de galinhas ao Daniel Dantas (todos são passíveis de serem julgados), porém, nunca li, nem ouvi falar sobre suspensão de jogadores que se envolveram em confusão em jogos da 3° divisão, ou similares sem notoriedade esportiva. Se o “Zé das Couves” enfia a porrada no “João Ninguém” no final de um jogo profissional qualquer, não haverá nenhum promotor cuidando da moralidade esportiva e denunciando-o por agressão com suspensão de até 360 dias... Antigamente o atual presidente do TJ-RJ, Des. Luiz Zveiter, quando presidente do STJD, ia logo após o fato ocorrido nos jogos da 1° divisão, praticamente denunciar e sentenciar o jogador infrator em plena televisão, em incursões feitas aos programas de mesa redondas dos canais esportivos, antes do julgamento ser feito, a defesa ser exposta, ou mesmo a denúncia ser formalizada. Era um absurdo tão grande que chegava a ser cômico.

Imagino esse tipo de situação na justiça comum... no meio do programa Balanço Geral (um programa policial carioca, apresentado pelo Wagner Montes) noticia-se um caso de um artista que foi filmado roubando uma loja, daí a produção liga para o juiz que julgará o caso e o apresentador pergunta:
- Boa noite Sr. Juiz “Aparecildo da Silva”, tudo bom com o senhor?
- Ótimo Wagner é um prazer em falar contigo...
- Sr. Juiz, queria saber do senhor em relação a esse caso do furto que foi filmado, qual será a providência do tribunal em relação a isso?
- Wagner, já solicitei as fitas da gravação e ele será indiciado nos artigos tal e tal, com pena de tanto tempo e provavelmente deverá ser aplicada a pena máxima, para que seja dada o exemplo, pois esse absurdo não pode ficar sem resposta.
- Desde já, agradeço as informações do Excelentíssimo Juiz “Aparecildo da Silva” por prestar os esclarecimentos e ficaremos aguardando o julgamento do artista.

Numa justiça séria, uma declaração dessas, colocaria o magistrado em suspeição ou impedimento, pois julgar, sem dar direito a defesa, e sem o oferecimento formal da denúncia, é antes de tudo uma afronta ao princípio da ampla defesa e ao contraditório, garantidos na Constituição de 88. Pode-se até falar que o ex-presidente do STJD ingressou na magistratura por meio do “quinto constitucional” em 1995 (1/5 dos cargos do tribunal são preenchidos por indicação para o cargo, e no caso de advogados, sem prestar concurso) e por isso talvez esses princípios da Lei Maior podem não estar tão sedimentados em sua cultura judicial, mesmo que seja necessário, pela CF, o indicado ter notório saber jurídico. Porém, essa parte do contraditório não deveria ser muito bem conhecida por ele.

Mudou a composição do TJD (o Zveiter foi retirado por ordem do CNJ – Conselho Nacional de Justiça) e alguns antigos magistrados saíram de cena. Agora a exposição da Justiça Melancia fica a cargo do Procurador-Geral André Valentim, que como um político, vive em declarações na mídia sobre os acontecimentos dentro dos campos. Menos mal, pois agora, dá-se a palavra a quem cabe a denúncia e não, a quem cabe o julgamento, enquanto isso, o pau come impunemente nos jogos não televisionados.

O absurdo agora é outro, o STJD trás para si problemas do campo em que o arbitro viu, analisou e arbitrou. Julgar uma possível suspensão do Juan (que na minha opinião deveria ser expulso)pelo chilique dele na jogada com Maiconsuel é rasgar a autoridade conferida ao árbitro (pelas leis da FIFA) que optou por uma advertência a uma expulsão.

As atitudes e procedimentos desse tribunal me levam a noção de que há na Justiça Desportiva brasileira apenas um mundo que fica sobre a tutela da justiça, o mundo que aparece nos canais de televisão, aberta ou fechada.

terça-feira, 28 de abril de 2009

PROFISSÃO MENDIGO


Hoje, ao sair de casa, resolvi, como cidadão, tomar uma providência em relação a uma situação desagradável que se perdura em frente ao meu prédio. São jovens mendigos, que fizeram do cruzamento entre duas das mais importantes ruas do meu bairro o seu ponto de labor, mas o que mais me incomodou foi o fato de haver hoje um colchão de casal na calçada onde eles descansam nos intervalos do trabalho de pedir. Pronto! Fizeram moradia ali em frente, em pouco tempo erguerão um barraco na calçada e uma nova vizinhança estará instaurada.

Peguei meu telefone e liguei para o 190 para solicitar uma patrulha ao local. A atendente me disse que não se tratava de crime e quis me passar o telefone da Prefeitura. Ora!!! Mendicância e vadiagem estão dispostos na Lei de Contravenções Penais (arts. 59, 60), com pena de prisão simples de 15 dias a 3 meses; e além disso, segurança pública se pratica com prevenção e repressão, destarte, penso que a retirada e encaminhamento para o Conselho Tutelar ou Prisão é tanto cargo da PM, quanto da Guarda Municipal. Mas, diante desse imbróglio, ficam tanto o Estado, quanto o Município desviando-se das responsabilidades de que lhe são devidas.

A rigor da atividade do Estado em relação aos excluídos é um tema melindroso, onde o menor descuido pode parecer que o interlocutor deseja uma limpeza social daquilo “que não presta a sociedade”. Há até uma frase do José Rainha Jr., que no Brasil: “aos ricos o favor da lei e aos pobres o rigor da lei”; frase certa e real. Mas não é por causa disso que o tema não possa ser debatido em todas as suas vertentes.

A ausência de políticas do Estado em relação a essa parcela marginalizada da sociedade trás cada dia mais um nivelamento por baixo da qualidade de vida de todos os cidadãos; pois quem não vive na miséria, vive no medo. Exponho então, minha visão sobre o ato de mendigar e seus reflexos na vida de todos nós.

A opção pela mendicância, o que para a cabeça de muitos pode parecer absurdo (inclusive para mim), para de alguns outros é uma opção bastante considerável. Lembro-me de um episódio em que o apresentador Augusto Liberato (o GUGU) travestiu-se de mendigo e foi para as ruas mendigar (o que esse povo não faz por audiência!!!). Algumas horas depois o início da empreitada e várias negativas dos transeuntes a seus pedidos, o apresentador (sensacionalismo a parte) chorava copiosamente por ser tratado como um nada pelas pessoas do local. Essa situação indigna é de fato chocante ao orgulho e ao conceito de decência do cidadão comum, mas o fato é que, há muito, existe nas grandes cidades “uma indústria da miséria” e que está se tornando uma espécie de patrimônio reverso hereditário, isto é, as mães indigentes fazem dos seus filhos fonte dos seus ganhos para o sustento deles próprios e assim transmite essa pseudo-vocação a seus dependentes, bem como gera novos miseráveis quando os filhos já atingem a idade de faturarem sozinhos. É inquestionável que o ato de mendigar deixou de ser uma falta de opção para seu uma opção para muitos que não desejam acordar às 5 horas e dormir às 21 horas em troca de um subemprego que lhe paga um salário mínimo, se muito.

Como em toda a profissão há os bem e os mal sucedidos, isso mesmo, é possível ser bem sucedido nessa atividade; não que ser bem sucedido seja enriquecer, mas tirar dela ganhos superiores a do cidadão comum. É claramente possível ganhos acima de R$ 1.000,00 mensais aos pedintes mais inteligentes/espertos. Mães e filhos colocam-se a porta de agências de Bancos e de Igrejas, e similares; locais onde a discrepância social machuca mais o cidadão comum, normalmente indiferente a situação dos excluídos. É a aplicação das táticas naturais de marketing em favor de quem vive da miséria, e quem pensa com a cabeça do cliente (ou provedor), sempre sai ganhando. O tempo passa e os filhos crescem: sendo mulheres a atividade continua (agora ela e seus filhos), sendo homem a atividade se interrompe, pois há um viés machista na visão da sociedade provedora que impede eles de obterem êxito no ato de mendigar. Homens saudáveis, na opinião do povo, não possuem justificativas para serem pedintes, e como eles nunca trabalharam e nem nunca estudaram, provavelmente trocarão as atividades da mendicância pela criminosa.

O pior de tudo, é que o ganho dessa atividade quase nunca resulta melhoria das famílias que praticam o exercício de pedir, envolvidos constantemente em vícios de álcool e drogas, o trabalho torna-se meio de sustentação para o consumo destas, já que traficantes e comerciantes não doam seus “produtos” aos que necessitam e pedem.

E assim gerações e mais gerações de marginalizados ficam sem a proteção do Estado: pedindo, roubando, matando e morrendo, enquanto os Poderes constituídos ficam preocupados com a repressão e alimentando indiretamente os futuros criminosos por falta de prevenção.

sábado, 25 de abril de 2009

OS REPRESENTANTES DO POVO


Nos jornais, na TV, e nas revistas não se fala em outra coisa a não ser as sucessões de escândalos protagonizados por Senadores e Deputados envolvidos em conluios e passagens aéreas. Com isso, faço a reflexão sobre o conceito do nosso tipo de democracia.

Somos um país republicano, onde a democracia é representativa, isto é, nossos deputados e senadores são nada mais, nada menos que representantes das diversas parcelas da sociedade brasileira. Há representantes dos trabalhadores honestos, dos desonestos; dos empresários responsáveis, dos irresponsáveis; dos cidadãos decentes, dos desocupados, etc. E assim como a sociedade, eles não saem a rua demonstrando o lado mais sujo e cruel de sua personalidade.

Quando falo em sociedade, excluo os bandidos e criminosos habituais, já que em sua maioria não cumprem, obviamente, com mais esse dever legal. Os representantes bandidos, somos nós que colocamos lá. Mas, de tudo, o pior é a parcela da sociedade que apesar de todo o estudo e instrução, faz questão de se manterem ignorantes e alienados aos assuntos do nosso país. A política interfere diariamente em nossas vidas, mesmo assim, a maioria prefere virar o rosto “com cara de nojo” quando se fala de política em qualquer lugar.

Mas que tipo de cidadão é você? Já parou para pensar nisso!!!

Você trata o patrimônio público como se fosse de todos ou como se fosse dos outros?

Se você fosse multado por um guarda, você tentaria suborná-lo para trocar o gasto da multa pelo o da propina?

Você se preocupa com a arrecadação do Estado quando adquire mercadorias e serviços, e, por isso, exige a emissão de nota fiscal?

Você se lembra o porquê do seu voto nas últimas eleições? ou melhor, você se lembra em quem votou nas últimas eleições?

Na verdade eu penso, que nosso Poder Legislativo é um retrato da nossa sociedade; pode não ser o retrato mais bonito, mas é o mais fiel. Talvez, quando tivermos um povo com mais consciência de suas responsabilidades e funções, nossos representantes agirão conforme ao novo consenso social.

Enfim, que tipo de representante é o seu espelho no Congresso???

quinta-feira, 23 de abril de 2009

PRATOS LIMPOS, CONDIÇÕES E CAPANGAS... QUEM TEM RAZÃO NESSA DISCUSÃO???!!!


O STF julgava a partir de quando passaria a valer a decisão que tirou os funcionários de cartórios no Paraná do regime de previdência do estado. A discussão começou quando, irritado, o ministro Joaquim Barbosa disse que a questão não tinha sido debatida suficientemente.


Barbosa: “Eu acho que o segundo caso prova muito bem a justeza da sua tese. Mas a sua tese, ela deveria ter sido exposta em pratos limpos. Nós deveríamos estar discutindo”.

Mendes: “Ela foi exposta em pratos limpos. Eu não sonego informação. Vossa Excelência me respeite. Foi apontada em pratos limpos”.

Barbosa: “Não se discutiu a lei”.

Mendes: “Se discutiu claramente”. Barbosa: “Não se discutiu”.

Mendes: “Se discutiu claramente e eu trouxe razão. Vossa Excelência... talvez Vossa Excelência esteja faltando às sessões”.

Barbosa: “Eu não estou...”.

Mendes: “Tanto é que Vossa Excelência não tinha votado. Vossa Excelência faltou à sessão”.

Barbosa: “Eu estava de licença, ministro”.

Mendes: “Vossa excelência falta à sessão e depois vem...”.

Barbosa: “Eu estava de licença. Vossa Excelência não leu aí. Eu estava de licença do Tribunal”.


Outros ministros passaram a debater a ação. Mas poucos minutos depois a discussão áspera entre os dois recomeçou.


Mendes: “Se Vossa Excelência julga por classe, esse é um argumento...”.

Barbosa: “Eu sou atento às consequências da minha decisão, das minhas decisões. Só isso”.

Mendes: “Vossa Excelência não tem condições de dar lição a ninguém”.

Barbosa: “E nem Vossa Excelência. Vossa Excelência me respeite, Vossa Excelência não tem condição alguma. Vossa Excelência está destruindo a Justiça desse país, e vem agora dar lição de moral em mim? Saia à rua, ministro Gilmar. Saia à rua, faz o que eu faço”.

Carlos Ayres Britto: “Ministro Joaquim, nós já superamos essa discussão com o meu pedido de vista”.

Barbosa: “Vossa Excelência não nenhuma condição”. Mendes: “Eu estou na rua, ministro Joaquim”.

Barbosa: “Vossa Excelência não está na rua não, Vossa Excelência está na mídia, destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro. É isso”.

Britto: “Ministro Joaquim, vamos ponderar”.

Barbosa: “Vossa Excelência quando se dirige a mim não está falando com os seus capangas do Mato Grosso, ministro Gilmar. Respeite”.

Mendes: “Ministro Joaquim, Vossa Excelência me respeite”.

Marco Aurélio Mello: “Presidente, vamos encerrar a sessão?”.

Barbosa: “Digo a mesma coisa”.

Marco Aurélio: “Eu creio que a discussão está descambando para um campo que não se coaduna com a liturgia do Supremo”.


FONTE:

segunda-feira, 13 de abril de 2009

UMA ABORDAGEM TEOLÓGICA-CIENTÍFICA SOBRE O ABORTO - PARTE 1

UMA ABORDAGEM TEOLÓGICA-CIENTÍFICA SOBRE O ABORTO - PARTE 2

LEGALIZAÇÃO DAS DROGAS - UTOPIA MISTURADO COM MIOPIA


Vira e mexe, seja lendo um jornal ou numa roda de amigos, quando o assunto é a violência ligada ao tráfico de drogas, logo aparece a opção da legalização das drogas, como ponto cabal para diminuição da violência. – Legalizando as drogas, o poder de venda seria tirada das mãos do tráfico e passaria para mãos de empresas, e ainda o Estado ganharia com os impostos. Dizem os que vêem pelo lado econômico. – Com a liberação das drogas, o uso vai diminuir o fascínio dos jovens e o uso vai ser menos atrativo. Dizem os que vêem pelo lado social-psicológico do assunto.Bem, após ler mais sobre o assunto, fixei ainda mais minha opinião, e como demonstrei previamente no tema, solução com liberação é UTOPIA. É didático que eu me refira a alguns preceitos da Lei Maior que rege a nossa sociedade nesse país.Entre outros princípios Constitucionais, um princípio que rege o Sistema Tributário Nacional, o principio da seletividade do Imposto sobre Produtos Industrializados, como rege o art.153,§3°,II, que o IPI será obrigatoriamente seletivo, o que isso significa, que o imposto cobrado sobre cerveja, cachaça, cigarro, maquiagem e outro tem que ser mais pesados do que o impostos cobrados sobre produtos essenciais como arroz, farinha, feijão e outros, e a normalidade do processo é para assegurar uma sociedade com menos vícios, o governo cobra impostos com alíquotas chamadas proibitivas, para desestimular o uso, um exemplo clássico é o do cigarro que chega a pagar alíquotas de mais de 300% sobre o custo,de modo a inibir o uso.
Voltando ao tema, fico imaginando, qual seria a alíquota para comercialização da maconha? E da cocaína que o uso exagerado pode levar a pessoa a morte uma única utilização? Se é pra proteger a sociedade de substâncias viciantes, a alíquota estaria então com algum número na casa dos quatro dígitos. Isso sem falar de outras drogas...Agora sim, a aplicação prática. Uma possível liberação, os entorpecentes seriam produzidos em fabricas legalizadas, com pontos de vendas autorizados (em shoppings, bares, farmácias e restaurantes...) o Estado arrecadaria bastante, os ricos utilizariam drogas sem maiores problemas, pois poderiam sustentar o vício de pagar por uma carreira de cocaína talvez R$80,00, R$90,00 (não se esqueçam dos impostos), andariam com suas notas fiscais e receitas médicas autorizando o transporte e o uso. Seria lindo, o fim da “duras policiais” o uso liberado, tudo lindo, se não fosse o provável aumento vertiginoso do consumo, e pelo fato de que a classe média e a classe baixa continuariam a ser os maiores compradores de drogas dos traficantes. O uso de entorpecentes tributável, tornaria o uso impraticável para 90% dos usuários, e quem iria fornecer para esse nicho consumidor carente, os traficantes de drogas é lógico; mas agora com outro enfoque, nada de policia subindo o morro com Caveirão, nem tiroteio a qualquer hora do dia. A responsabilidade agora seria da Receita Federal e não mais das polícias, afinal que seria o crime por vendas drogas? Somente o da sonegação, sendo competência da Receita dos entes, fiscalizar o comercio e fechar os estabelecimentos irregulares. Imagina, se nem a polícia com armamento militar consegue fechar esses estabelecimentos, imagino uma operação da Receita para fazê-lo. Seria até cômico, se não fosse trágico.Em relação ao lado sócio-psicológico da questão, eu me pergunto, existem mais jovens usuários de bebidas alcoólicas ou de cocaína? de cigarro ou de maconha? Acho que não há discordância que há muito mais usuários de drogas lícitas do que ilícitas.
O fato de ser ilícito, inibe e constrange a maioria das pessoas e é pensando na maioria que sempre são feitas os regulamentos para a sociedade, a legalização é um retrocesso a política vital do Estado de promover uma sociedade mais justa e sadia e o combate as drogas é uma guerra sem fim, como se fosse entre o bem e o mal (sendo simplista), mas o posicionamento das pessoas nessa guerra deve ser sempre, pela vitória de um bem maior e não de uma omissão maior.
A legalização diminuirá constrangimentos, aumentará o consumo e atará as mãos do Estado, não vejo beleza em ser vanguarda rumo a uma direção para um caminho que leve a destruição da sociedade, sociedade que se posicionou de forma inteligente para inibição da propaganda do uso do cigarro, que sabe um dia para a mesma visão em relação a bebida alcoólica, não pode retroceder liberando o uso de entorpecentes ilegais, a liberação seria uma vitória para os traficantes e talvez para alguns usuários e comerciantes mas seria de fato uma derrota, sem precedentes para toda sociedade.

sábado, 11 de abril de 2009

O FIM DO DRAMA DE ADRIANO


Adriano resolveu parar de jogar futebol!!! Que bom para ele; se assim, ele acha que será mais feliz, que assim seja.

Ele é um exemplo de profissional de sucesso, isso, num mundo onde menos de 2% dos profissionais da bola alcançam o estrelato e com isso a riqueza. Ele é rico e independente o suficiente para tomar essa decisão, tomar a decisão de ser feliz, mesmo que com isso, tenha que parar de encantar-nos com seu futebol vigoroso e imponente. Quantos executivos já largaram sua vida profissional em plena ascensão e decidiram mudar radicalmente as suas vidas? E mesmo com todo estresse da vida executiva, eles nunca tiveram de ser fotografados e vigiados em todos os passos de seu cotidiano.

Essa decisão, antes de tudo, é uma decisão de coragem. Felicidade não é uma receita de bolo, cada um tem sua plena noção do que é ser feliz, e talvez para ele, ser feliz é andar descalço com seus amigos de infância da Vila Cruzeiro, sem flashes, nem reportagens de imbecis que se disfarçam de jornalistas (só de pensar em andar novamente descalço com os amigos de infância, já fico com uma inveja dele!!!). O melhor de tudo, é que ele é rico e bem sucedido o suficiente para que possa se dar a esse luxo.

Vejo muita mágoa e inveja travestida de opiniões, seja da imprensa, seja dos torcedores. Quantas vezes já debati com professores na faculdade que expunham suas revoltas com os ganhos dos jogadores de futebol. Essa inveja em relação aos jogadores, está arraigada em todos os níveis da sociedade, na relação entre falta de educação formal e ganhos com exercício da sua profissão. Inveja pura de quem é insatisfeito com o sucesso da sua vida profissional, e com isso, prefere botar a culpa em um possível desvio da sociedade em valorizar a falta de cultura (jogadores de futebol), em detrimento do estudo (eles, os invejosos). Visão pequena e baixa. Adriano ofereceu muito mais as suas equipes que recebeu. Seja em contratos de patrocínio, gols e títulos. Esquecem que, por exemplo: quando ele assina uma chuteira para as Nikes e Adidas da vida; a chuteira é vendida aos milhões pelo mundo afora, dezenas de milhões de dólares para as empresas e alguns milhões para o artista (Adriano, Ronaldo, etc.). É business e money, quem não entende, revolta-se. Fazer o quê?

Adriano!! Seja feliz onde quer que esteja, hoje, você é um exemplo de coragem, coragem de querer ser feliz, independentemente do que pensa o resto do mundo. E de forma alguma, és exemplo de fracasso. Descanse e curta sua vida, e quando quiser, volte para bater uma bola nos campos desse mundão de meu Deus.

Nós, a torcida, agradeceremos!!!

sábado, 4 de abril de 2009

ESTEJA SEMPRE PREPARADO PARA O INESPERADO



Existem coisas que acontecem ou na nossa vida ou na vida de outras pessoas, que de repente você para analisar o porquê que aquilo aconteceu. Não sei se é assim também com você, mas sei lá, às vezes vejo um fundo filosófico nas coisas mais corriqueiras da vida. A passagem que culminou nesse texto aconteceu há quase um ano, mas que teimosamente retorna ao meu imaginário para uma reflexão do que deveria ter acontecido para que aquele fato, pudesse ter se tornado realidade.

Olimpíadas de Pequim, final competição de salto em distância, a brasileira Maurren Maggi consegue um belíssimo salto na primeira tentativa, tentativa suficiente para que conseguisse a medalha de ouro na competição. Parabéns para ela, mas até aí morreu Neves!!! O que me impressionou e por conseguinte despertou-me aquele pensamento Socrático foi o diálogo dela com sua filha Sofia, por telefone, logo após a confirmação da conquista de medalha dourada.

- Filha!! Mamãe conseguiu a medalha de ouro!!!

- De ouro, mamãe!! Mas eu queria de prata!!!

Na hora me veio a questão: como pode uma filha de uma grande desportista, não ter a noção da hierarquia das medalhas? Será que ela achava, pela pouca idade que tinha, que prata era mais bonito que o ouro? Sei lá, talvez pela cor ou pela pronúncia da expressão “medalha de prata”. Acho que não!!

O que realmente acho, é que a Maurren durante os treinamentos não conseguia atingir no seu máximo, a média da marca dos saltos da portuguesa, que era favoritíssima ao ouro, porém, bravamente continuou seu treinamento de forma intensa, porém agora, com um outro objetivo mais realista – a famosa medalha de prata!!! Então em algum momento, num momento de intimidade entre mãe e filha ela deve ter dito:

- Filha, torça muito para mamãe trazer a medalha de prata!!!

Enfim, na vida, às vezes nos deparamos com situações que se mostram muito improváveis de acontecer, diante disso podemos ter três caminhos a percorrer: Desanimar diante impossibilidade que parece real e aceitar o fato; acreditar que aquilo pode acontecer mesmo sendo improvável e com isso continuar trabalhando forte; ou fazer como a Maurren, mudar o foco, mas acima de tudo, manter-se preparado para o inesperado.

E na nossa vida, quantas vezes o inesperado já se fez presente....!!!?

quarta-feira, 1 de abril de 2009

DEBATE SOBRE A CONSTRUÇÃO DE UM NOVO ESTÁDIO PARA O FLUZÃO


Segue o link do post feito pela Crys Bruno no site do João Marcelo Garcez no Globo.com, tratando sobre melhorias que o Fluminense deveria fazer para dar um salto de qualidade de gestão e abaixo minha opinião sobre o post dela:




Muito Legal esse post, é bom ver pessoas interessadas em pensar o Fluminense e não apenas torcer por ele.
Bem, na verdade eu discordo de algumas coisas, mas é no debate que as idéias evoluem, então exponho meus argumentos:
1- ACHO DESNECESSÁRIO A CONSTRUÇÃO DE UM NOVO ESTÁDIO PARA O FLUMINENSE. TEMOS O MARACANÃ, COM UM ÓTIMO CONTRATO DE CESSÃO FEITO ENTRE OS CLUBES (FLA E FLU) E O GOVERNO, O FLUMINENSE FATURA MAIS JOGANDO HOJE NO MARACANÃ DO QUE SE TIVESSE QUE MANTER UM ESTÁDIO NOVO, ISSO SEM FALAR QUE O MESMO JÁ ESTÁ CONSTRUÍDO, NÃO GERA MAIS DESPESAS, NEM CUSTO FIXO DE AMORTIZAÇÃO.
2- UM ESTÁDIO NAS LARANJEIRAS É IMPROVÁVEL PELA VIZINHANÇA COM O PALÁCIO GUANABARA (PELO FATO DA NÃO EXPANSÃO), E EM DUQUE DE CAXIAS (XEREM) SERÁ PROVAVELMENTE UM NOVO VAZIÃO (DIGO ENGENHÃO) PLA DISTÂNCIA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO. APESAR DO CLUBE SE CHAMAR FLUMINENSE, É UM CLUBE TIPICAMENTE CARIOCA (DA CIDADE) E É AQUI QUE SE CONCENTRA A MAIORIA DA TORCIDA TRICOLOR FREQUENTADORA DOS ESTÁDIOS.
3- O MARACANÃ ALÉM DE SER UM ESTÁDIO TRADIOCIONAL, REUNE ACESSOS DE CARRO, TREM, METRÔ E ÔNIBUS, ALÉM DO QUE, HÁ VIAS LARGAS AO SEU ENTORNO QUE FUNCIONAM MELHOR COMO ESCAPE. É UM CONVITE A IR AO ESTÁDIO (DIGO GERAR RENDA AO CLUBE).
4- O MARACA SERÁ REFORMADO PARA A COPA DO MUNDO (TALVEZ DOIS ANOS DE REFORMA) TEMPO EM QUE O FLU TERÁ QUE JOGAR EM OUTROS ESTÁDIOS, MESMO ASSIM, ACHO UM DESPERDÍCIO VOLTAR FORÇAS PARA A CONSTRUÇÃO DE UM NOVO ESTÁDIO PARA O CLUBE. POIS APÓS ESSE PERÍODO TEREMOS UM ESTÁDIO NOS MOLDES INTERNACIONAIS.
5- O FLUMINENSE PRECISA URGENTEMENTE DE UM CENTRO DE TREINAMENTO PARA OS PROFISSIONAIS (TALVEZ O VASCO-BARRA SE SAIR O ACORDO COM A TRAFFIC), E A LARANJEIRAS DEVERIA FICAR PARA OS JOGOS OFICIAIS DAS CATEGORIAS DE BASE DO CLUBE E PARA O TREINO UMA VEZ A CADA 15 DIAS DO PROFISSIONAL PARA MOVIMENTAR O AMBIENTE DO CLUBE.
6- TER UM ESTÁDIO PRÓPRIO NÃO É NECESSARIAMENTE SINÔNIMO DE SUCESSO FINANCEIRO DO CLUBE, VISTO QUE DOIS DOS CLUBES MAIS RICOS DO MUNDO (INTER E MILAN) DIVIDEM UM ESTÁDIO PÚBLICO (SAN SIRO) E POSSUEM FINANÇAS MELHOR ADMINISTRADAS QUE OS TIMES BRAZUCAS QUE POSSUEM ESTÁDIO PRÓPRIO.
7- O FLU PECA POR TER UM MARKETING INOPERANTE. QUE NÃO EXPLORA A CAPACIDADE CONSUMIDORA DE SEU PÚBLICO FIEL. DOU COMO EXEMPLO O CARTÃO QUE DÁ ACESSO AOS JOGOS DO FLU. ANO PASSADO COM O FLU NA LIBERTADORES ELES COLOCARAM O CARTÃO A UM PREÇO JUSTO (R$35,00 CADEIRA AZUL POR EX.), COM O SUCESSO DA DEMANDA, RESOLVERAM AUMENTAR O PREÇO, COMO A DEMANDA CONTINUOU, DECIDIRAM SUSPENDER A VENDA, DE OLHO NA BILHETERIA DOS JOGOS. BURRICE!!! SE ELES TIVESSEM MANTIDO 50 MIL CARTÕES ATIVOS, APÓS A PERDA DA LIBERTADORES NO MÍNIMO 30% CONTINARIAM NO PACOTE POR QUESTÕES ATÉ DE COMODIDADE. RECEITA CORRENTE TODOS OS MESES, PÚBLICOS ACIMA DE 15 MIL POR JOGOS E TORCEDOR QUE DE TANTO IR AO JOGO CONSOME MAIS PRODUTOS DO CLUBE. AGORA VOLTARAM COM O PACOTE, COM UM PREÇO, COMO NÃO HOUVE DEMANDA, ABAIXARAM O PREÇO… PERDERAM UMA ÓTIMA OPORTUNIDADE DE FIDELIZAR O TORCEDOR.
8- DESDE QUE EU ME TENHO POR GENTE, OUÇO PLANOS DE PARCERIA COM EMPRESAS PARA A CONSTRUÇÃO DE ESTÁDIOS NO BRASIL. NÃO ME LEMBRO DE NENHUM QUE TENHA SAÍDO DO PAPEL, COM TIME NENHUM (NEM FLAMENGO, NEM CORINTHIANS, ETC.) ACHO QUE DE CERTA FORMA HÁ UM MAIOR INTERESSE NO MARKETING DESSAS EMPRESAS NO ASSUNTO DO QUE REAL INTERESSE EM BANCAR UMA CONSTRUÇÃO MULTIMILIONÁRIA E DIVIDIR GESTÃO COM CLUBES FALIDOS OU A BEIRA DA BANCARROTA, AINDA MAIS NO RIO QUE POSSUI A CONCORRÊNCIA DO MARACANÃ. É SÓ O FLU PERDER UMA SEQUÊNCIA DE JOGOS OU FICAR ALGUM TEMPO SEM GANHAR NENHUM TÍTULO NO NOVO ESTÁDIO QUE COMEÇARÃO OS BUZINAÇOS DE QUE O LUGAR DO FLU É NO MARACA (JÁ ESCUTO ISSO NA TORCIDA DO BOTAFOGO).
9- VEJO QUE A SAÍDA PARA MELHORIA DO CLUBE É REALMENTE TER NA GESTÃO, PESSOAS QUE ENTENDAM DE GESTÃO. JÁ ESCREVI AQUI MESMO (COM OUTRAS PALAVRAS) QUE POR CAUSA DA UNIMED VIVEMOS UMA EUFORIA FINANCEIRA QUE ESCONDE UMA INCOMPETÊNCIA ADMIISTRATIVA GRITANTE DA NOSSA DIRETORIA.
10- ESPERO QUE COM UMA NOVA ELEIÇÃO VENHA UMA DIRETORIA MAIS COMPETENTE (NÃO TÔ FALANDO NADA DE HONESTIDADE MAS DE COMPETÊNCIA) E QUE O FLUMINENSE TRILHE NOVOS RUMOS MUDANDO O QUE É ERRADO E VALORIZANDO O QUE DÁ CERTO.
SEI QUE POSSO TER A DISCORDÂNCIA DE MUITOS, MAS ESSA É A MINHA FORMA DE VER O MEU FLUZÃO.