Uma coisa que quase todas as pessoas quando estudam nos colégios perguntam é:
- Para que essa matéria que estudo vai me servir na minha vida?
Interrogação sabiamente levantada por jovens que se encontram na fase de questionamento sobre tudo na vida, mas como é dificilmente respondida, gera desinteresse e até abandono daqueles que não sofrem pressão dos pais ou de seu própria ambição para continuar.
- Para que essa matéria que estudo vai me servir na minha vida?
Interrogação sabiamente levantada por jovens que se encontram na fase de questionamento sobre tudo na vida, mas como é dificilmente respondida, gera desinteresse e até abandono daqueles que não sofrem pressão dos pais ou de seu própria ambição para continuar.
O fato é que o mundo evoluiu, mas a grade curricular não. Torna-se sem sentido uma grade onde o aluno passa horas e horas estudando fórmulas de química e física que só farão algum sentido se os mesmos ingressarem em uma faculdade onde esses ensinamentos serão obrigatoriamente aplicados. Contudo, eles terão que voltar a aprender o conteúdo, pois como o ensino em sua maioria é dado de forma muito deficitária é forçoso que haja repetição do ensinamento dado na escola.
O resultado disso é que o ensinamento que outrora se justificava, hoje é inútil e desinteressante para a grande maioria dos estudantes do Ensino Médio do país. E com isso, a evasão escolar aumenta em níveis consideráveis, pois faz mais sentido ao jovem ingressar no mercado de trabalho a ficar horas aprendendo matérias surreais que não trarão nenhum benefício a eles, a não ser que estes decidam fazer uma faculdade de Medicina ou Química por exemplo.
No lugar de Matérias como estas já citadas seria de muito mais valia que contivesse na grade matérias de Cidadania, Macroeconomia e Informática. As duas primeiras para a formação de um cidadão mais esclarecido de seus deveres e direitos, bem como a um entendimento de como funciona o mundo que o cerca; e Informática ainda que só de forma teórica, os estudantes pudessem estar um pouco preparados ao mínimo de anseio das empresas em relação a uma mão-de-obra minimamente qualificada.
Cidadania seria dividida em: Direito Constitucional (do art. 01 ao 18, e outros voltados ao exercício da cidadania) no 1° ano; Direito do Consumidor no 2° ano; e Direito do Trabalho no 3° ano do Ensino Médio.
Macroeconomia seria dividida em: Balanço de Pagamentos no 1° ano; Contabilidade Nacional no 2° ano; Determinação da Taxa de Câmbio no 3° ano.
Essa matéria é a que pode parecer mais esdrúxula ao conhecimento geral do cidadão, mas o seu mínimo conhecimento é necessário para formarmos um cidadão mais consciente de todos os fatores que influenciam de forma direta no seu dia-a-dia. O mundo é comandado por aqueles que dominam a economia, formar um povo conhecedor dessa matéria é estar na vanguarda da evolução social.
Informática seria dividida em: Hardware no 1° ano; Linux no 2° ano (temos que formar novas gerações independentes do Windows); BR Office no 3° ano. O ensinamento dessa matéria na prática é o que mais benefícios diretos trará ao estudante (e que deverá diminuir consideravelmente a evasão) ,que com o domínio das ferramentas, estará mais preparado aos desafios do mercado de trabalho. Por isso, colocaria somente essa, das três, como matéria a ser cobrada no vestibular das universidades públicas.
A grade curricular do MEC parou no tempo, não é pratica e nem interessante; embora a instituição de cidadania já tinha sido obrigatória através da matéria Moral e Cívica, era esta uma matéria chata e sem aplicação no dia-a-dia do estudante. A imposição de matérias que não farão nenhum sentido aos estudantes continuará afastando-os da escola, pois ao contrário das crianças estes já não aceitam a imposição de inutilidades como coisas fundamentais ao seu futuro.
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