Existem coisas que acontecem ou na nossa vida ou na vida de outras pessoas, que de repente você para analisar o porquê que aquilo aconteceu. Não sei se é assim também com você, mas sei lá, às vezes vejo um fundo filosófico nas coisas mais corriqueiras da vida. A passagem que culminou nesse texto aconteceu há quase um ano, mas que teimosamente retorna ao meu imaginário para uma reflexão do que deveria ter acontecido para que aquele fato, pudesse ter se tornado realidade.
Olimpíadas de Pequim, final competição de salto em distância, a brasileira Maurren Maggi consegue um belíssimo salto na primeira tentativa, tentativa suficiente para que conseguisse a medalha de ouro na competição. Parabéns para ela, mas até aí morreu Neves!!! O que me impressionou e por conseguinte despertou-me aquele pensamento Socrático foi o diálogo dela com sua filha Sofia, por telefone, logo após a confirmação da conquista de medalha dourada.
- Filha!! Mamãe conseguiu a medalha de ouro!!!
- De ouro, mamãe!! Mas eu queria de prata!!!
Na hora me veio a questão: como pode uma filha de uma grande desportista, não ter a noção da hierarquia das medalhas? Será que ela achava, pela pouca idade que tinha, que prata era mais bonito que o ouro? Sei lá, talvez pela cor ou pela pronúncia da expressão “medalha de prata”. Acho que não!!
O que realmente acho, é que a Maurren durante os treinamentos não conseguia atingir no seu máximo, a média da marca dos saltos da portuguesa, que era favoritíssima ao ouro, porém, bravamente continuou seu treinamento de forma intensa, porém agora, com um outro objetivo mais realista – a famosa medalha de prata!!! Então em algum momento, num momento de intimidade entre mãe e filha ela deve ter dito:
- Filha, torça muito para mamãe trazer a medalha de prata!!!
Enfim, na vida, às vezes nos deparamos com situações que se mostram muito improváveis de acontecer, diante disso podemos ter três caminhos a percorrer: Desanimar diante impossibilidade que parece real e aceitar o fato; acreditar que aquilo pode acontecer mesmo sendo improvável e com isso continuar trabalhando forte; ou fazer como a Maurren, mudar o foco, mas acima de tudo, manter-se preparado para o inesperado.
E na nossa vida, quantas vezes o inesperado já se fez presente....!!!?
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