quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

PROJETO BRASIL EM PROGRESSO



O atual cenário econômico do Brasil, é de um país que, para manter a inflação sobre controle, optou pela manutenção dos juros em alta, para conseguir com isso que o capital disponível seja investido no mercado (compra de títulos públicos federais) em detrimento do investimento em produção, o que na opinião de economistas poderia aquecer o consumo, elevando os níveis inflacionários tão temidos pelo governo e pela população brasileira. O preço que se paga é que trocamos a dívida externa multibilionária por uma dívida interna maior ainda, e o Brasil, entre os paises em desenvolvimento, é o que possui o índice de crescimento menor, se comparado a outras potências em desenvolvimento o índice então chega a ser medíocre. Enquanto isso, pegamos o dinheiro investido pelos Bancos em títulos públicos e reinvestimos em políticas de assistencialismo como Bolsa Família e outras (que deve sim ser feito, mas nunca ser a base de sustento) que mais serve como uma imenso Banco Eleitoral, tanto que garantiu mais 4 anos do governo que aí se encontra. E a outra parte pagamos os juros do investimento feitos pelos Bancos, transformando essa relação em uma “roda da fortuna” federal, já que um dia o dinheiro que o governo conta em receber para o pagamento dos próximos juros e sua próxima campanha assistencialista será desviado para cobrir rombos dos investidores no mercado internacional, (a crise mundial financeira já começou) e com isso a maravilhosa RODA DA FORTUNA federal se quebrará e o Brasil novamente perderá a oportunidade de deixar de ser o país do futuro para ser o pais do presente.
A grande revolta é que a fundamentação para o medo da inflação, se dá pelo o aumento dos preços que o mercado fará com o conseqüente aumento do consumo. Seria como você estivesse vendendo um produto e que sua capacidade de produção fosse pequena, como você não consegue em um prazo curto aumentar essa produção e a demanda (procura) continua alta, você e todo o mercado mundial compensam essa diferença com um aumento nos preços dos produtos vendidos (isso economicamente falando chama-se inflação de demanda) e isso foi realidade na sua vida com a venda do álcool combustível; com a popularização dos carros “flex”, os usineiros compensaram a falta de produção com o aumento do lucro, e o preço do álcool subiu “horrores”.
Na teoria esse tipo de problema tem duas soluções: uma em curto prazo, inibindo o consumo, com o aumento dos juros, o consumo se controla a um ponto que a concorrência consegue manter os preços equilibrados (o resultado você já leu nesse artigo); e outro em longo prazo é aumentar o pátio produtivo do país fazendo com que o aumento do consumo seja disputado pelas novas empresas concorrentes (é o que acontece na China, Rússia, México, Espanha ...) seria como no caso do álcool duplicar o número de usineiros fazendo com que o aumento de consumo fosse suportado pela concorrência já que a produção não atingiu topo, devido ao maior número de produtores.
Sei que o problema é muito maior e que essa não é a solução definitiva para um real crescimento do país. Investimentos consistentes em educação de base, infra-estrutura etc. fazem parte de um pacote mais sustentável; mas todos que possuem uma economia forte investiram pesado em industrialização e em um forte comércio nacional, itens abandonados pelo governo em questão; que volta sua força e atenção para a derrubada de subsídios dos commodities (laranja, carne, milho, soja...) exportados pelo Brasil nas reuniões da OMC, será que seremos para sempre meros exportadores de matéria-prima e consumidores de industrializados, assim já é desde o Descobrimento, passando pela Independência, República, Estado Novo, Ditadura, República novamente, e o pensamento de colônia não nos abandona. Por isso que idealizo esse projeto, um projeto que a primeira vista parece uma coisa pequena, pouco pretensiosa, mas acredito que no longo prazo (10 anos) será um salto de industrialização jamais dado no Brasil.
Todos os movimentos de crescimento da indústria já feitos no país, desde a construção do Brasília ao PAC do governo Lula, industrialmente e comercialmente beneficiam poucas empresas, sempre com o suporte do governo (leia-se hoje BNDES) beneficiam empresas que já estão estabelecidas e firmes no mercado, assim não há como o mercado se expandir para que o aumento do consumo que gera o crescimento do país não traga consigo a inflação tão temida por todos nós brasileiros.

PLANO BRASIL EM PROGRESSO

O plano basicamente se consiste em um prazo de 10 anos, a criação de cerca de 20 mil novas empresas (entre empresas comerciais, de serviços e industriais). O plano é de uma parceria entre diversas entidades ligadas a União (BNDES, Banco do Brasil, TCU, Universidades Federais, ESAF e Sebrae) em um esforço conjunto para criar uma nova etapa do desenvolvimento nacional, em seu âmago, seria todos unidos com as suas competências para formarem gerações e mais gerações de empresas viáveis e sólidas; explicarei agora de forma resumida o plano.
O plano BRASIL EM PROGRESSO poderá ser um esforço do governo federal, na criação de novas empresas. Onde os POSTULANTES A EMPREENDEDORES NÃO PRECISARÃO POSSUIR IMÓVEIS, NEM CAPITAL EM GARANTIA AO EMPRÉSTIMO QUE SERÁ TOMADO PARA A CONSTRUÇÃO DA EMPRESA PLANEJADA, para garantir o não fracasso do investimento que a União fará para o desenvolvimento do país, os postulantes serão selecionados por intermédio de concursos públicos, onde não poderão concorrer: pessoas negativadas em Cadastros de Proteção ao Crédito (SPC, SERASA), que não tenha títulos protestados, nem empresas falidas ou em recuperação judicial nos últimos 5 anos, dentre outras restrições razoáveis a quem vai obter um financiamento sem garantia. Os classificados (200 por Estado) farão um curso de dois anos na Universidade Federal do Estado correspondente (ou Estadual caso não haja Universidade Federal no Estado) lá terão aulas de: Administração, Economia, Marketing etc. além de desenvolverem seus projetos em encubadoras das Universidades, tudo sob a supervisão e apoio dos Sebraes de cada Estado, tendo ao final do curso, que fazerem uma prova elaborada pela ESAF (Escola de Administração Fazendária do Governo Federal) e apresentarem seu plano de negócios para a análise conjunta do Sebrae e ESAF. Os aprovados na prova, que tiverem as melhores avaliações do Plano de Negócios (máximo de 85 por Estado), terão o projeto apresentado e financiado integralmente pelo BNDES com que avaliará o investimento e; em conjunto com o TCU (Tribunal de Contas da União) velando pela extinção de fraudes dos financiamentos oferecidos.
O financiamento do BNDES se dará em 3 montantes e um só para cada plano de negócio: R$1.000.000,00 (um milhão de reais) aos 10 melhores planos de negócios por Estado para pequenas indústrias; R$500.000,00 (quinhentos mil reais) aos 25 melhores planos de negócios por Estado para micro Indústrias ou pequenas empresas de comércio/serviço e R$ 250.000,00 (duzentos e cinqüenta mil reais) aos 50 melhores planos de negócios por Estado para pequenas/micro empresas de comércio e serviço. Será oferecido o financiamento a uma taxa anual igual a taxa paga pelo BACEN pela remuneração dos títulos públicos federais (em torno de 18% ao ano) fixada no momento da autorização para o financiamento e prazos entre 10 e 15 anos para a amortização. O empréstimo será feito com carência de 24 meses para os investimentos de empresas comerciais ou de serviços e de 36 meses para as empresas industriais.
Os investimentos terão supervisão estrutural do TCU e supervisão funcional do Sebrae (por 3 anos), que auxiliará com consultoria nas diversas áreas e supervisão após o início do empreendimento. Os aprovados que não se classificaram para obtenção do financiamento, continuarão a obter consultoria do Sebrae por mais um ano e serão encaminhados para análise de empréstimo junto ao Banco do Brasil. Com suporte financeiro, conhecimento teórico adquirido e supervisão do empreendimento, acredito que o índice de empresas bem sucedidas será de 50% a 80% o que gerará só do programa em questão em torno de 14 mil novas empresas e quase um 1.000.000 (um milhão) de novos postos de trabalho, aumento do PIB, do PNB, da taxa de crescimento, com a redução enfim da taxa de juros, com a inflação controlada, com o país mais forte, com novos exportadores, com exportadores de produtos industrializados, com uma balança comercial favorável. Tudo isso com uma média de investimento de em média R$ 1.000.000.000,00 (um bilhão de reais) por ano, muito pouco para o que o BNDES empresta pelo país afora, bem como empresta para fora do país.
A idéia em si é muito mais complexa, e possui muito mais detalhes, mas é uma idéia, logo nesse país onde o óbvio parece um até um absurdo, desenvolver o país com distribuição de oportunidades é o absurdo que proponho. Esse é, em tese, o meu projeto: PROJETO BRASIL EM PROGRESSO.

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